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Trump cria força-tarefa contra ‘viés anticristão’ e fala em ‘escritório da fé’ na Casa Branca

Presidente dos EUA afirma que governo Biden perseguiu membros da igreja, citando manifestações antiaborto; críticos veem ameaça à liberdade religiosa

Por Redação Atualizado em 7 fev 2025, 12h50 - Publicado em 7 fev 2025, 11h58

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou na quinta-feira 6 uma ordem executiva para eliminar o que ele chamou de “viés anticristão” dentro do governo federal. A medida determina que agências revisem políticas e práticas que, segundo o republicano, têm reprimido atividades e ativismos religiosos. 

Falando durante o National Prayer Breakfast, tradicional evento de líderes da igreja e políticos em Washington, Trump anunciou a criação de uma força-tarefa no Departamento de Justiça com a missão de “parar imediatamente todas as formas de discriminação anticristã dentro do governo federal” e “fazer tudo ao nosso alcance para defender os direitos dos cristãos e fiéis em todo o país”.

Acusações de perseguição

O presidente americano também nomeou sua nova procuradora-geral, Pam Bondi, para liderar o projeto, afirmando que ela trabalharia para “abrir processos mirando a violência contra cristãos e vandalismo em nossa sociedade e mover o céu e a terra para defender os direitos dos cristãos e religiosos em todo o país”.

O decreto tem por objetivo reverter o que Trump chamou de um “padrão escandaloso de perseguição a cristãos pacíficos” durante o governo do ex-presidente Joe Biden, citando as condenações de manifestantes antiaborto por bloquearem o acesso a clínicas que realizam o procedimento. Ele também acusou o Departamento de Justiça, o FBI e o IRS de promoverem perseguição religiosa contra os cristãos, ecoando alegações dos conservadores de que o governo Biden teria utilizado instituições públicas para pôr em prática uma agenda tendenciosa contra os seguidores da fé no país.

Ameaça à liberdade religiosa

No entanto, críticos afirmam que a medida favorece uma única fé, distorcendo o conceito de liberdade religiosa garantido pela Primeira Emenda da Constituição dos Estados Unidos.

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“Ao invés de proteger as crenças religiosas, esta força-tarefa usará indevidamente a liberdade religiosa para justificar o fanatismo, a discriminação e a subversão de nossas leis de direitos civis”, alertou Rachel Laser, presidente da ONG Americanos Unidos pela Separação da Igreja e do Estado, em comunicado.

Além da ordem executiva, Trump anunciou planos para criar uma nova comissão presidencial sobre liberdade religiosa. Ele também pretende criar um “escritório da fé” na Casa Branca, que seria liderado pela pastora e apresentadora de televisão Paula White, que há anos atua como espécie de conselheira espiritual para o publicano.

Ele disse ainda que seu relacionamento com a religião havia “se transformado” após sofrer duas tentativas de assassinato no ano passado, e pediu que os americanos “trouxessem Deus de volta” para suas vidas.

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