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Trump ameaça invocar lei do século XIX para enviar militares a cidades dos EUA

Sugestão acontece enquanto alguns estados lutam contra mobilização de soldados promovida pela Casa Branca

Por Flávio Monteiro
7 out 2025, 10h52

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ameaçou utilizar a Lei de Insurreição, de 1807, para garantir o envio de tropas militares a cidades democratas supostamente inseguras. A declaração foi feita durante uma conversa com jornalistas no Salão Oval da Casa Branca na última segunda-feira, 6, e acontece enquanto estados americanos lutam contra a mobilização de soldados promovida pelo governo republicano. 

“Temos uma Lei de Insurreição por um motivo. Se eu tivesse que promulgá-la, faria”, declarou Trump a respeito da legislação do século XIX. “Quero garantir que as pessoas não sejam mortas. Temos que nos certificar de que as nossas cidades são seguras”. 

Em um cenário de normalidade, a legislação americana não permite que as Forças Armadas sejam utilizadas para aplicação da lei em território nacional. No entanto, a ativação da Lei de Insurreição remove essa barreira, permitindo que o presidente em exercício mobilize agentes para esse fim “sempre que houver uma insurreição em qualquer Estado”. 

A declaração de Trump foi feita momentos após o Estado de Illinois entrar na justiça para impedir que a Casa Branca enviasse soldados da Guarda Nacional até Chicago. Dias antes, o presidente havia mobilizado 300 homens da Guarda Nacional e outros 400 agentes oriundos do Texas para Chicago, apontando como justificativa a “proteção de agentes e bens federais” em meio a “tumultos violentos.

+ Trump autoriza envio de 300 soldados da Guarda Nacional para Chicago

O governo recebeu autorização da juíza distrital April Perry para continuar com a mobilização. Perry determinou um prazo limite de até a meia-noite de quarta-feira, 8, para a resposta da administração Trump.

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A ação foi movida por autoridades da maior cidade de Illinois junto do procurador-geral do estado, Kwame Raoul, após uma juíza federal do Oregon, Karin Immergut, ter sucesso em impedir temporariamente o envio da Guarda Nacional para a maior cidade do estado, Portland.

Em uma publicação na rede social X, o governador de Illinois, JB Pritzker, criticou a medida de Trump, definindo-a como “ilegal e inconstitucional”. Em entrevista a repórteres momentos mais tarde, Pritzker também afirmou que o presidente estava tentando “justificar e normalizar a presença de soldados armados sob seu comando direto”.

Já o procurador-geral do estado afirmou que os cidadãos americanos “não devem viver sob a ameaça de uma ocupação militar”, principalmente se “a liderança de sua cidade ou estado caiu em desgraça com o presidente.”

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Desde que voltou à Casa Branca, Trump tem feito um esforço para retratar cidades governadas por membros do Partido Democrata como locais violentos e sem lei. O presidente também tem tentado expandir o uso das forças armadas americanas durante seu segundo mandato, com o objetivo de ajudar a lidar com questões referentes à imigração.

Tropas da Guarda Nacional  já foram enviadas para Los Angeles, na Califórnia, e para as ruas da capital, Washington. Pelo menos oito cidades já foram cogitadas como novos “alvos” da mobilização de tropas pelo presidente.

Na semana passada, em declaração a comandantes das Forças Armadas, Trump prometeu reconstruir as cidades americanas “uma a uma”, definindo os “distúrbios civis” como o “inimigo interno”.

“Deveríamos usar algumas dessas cidades perigosas como campos de treinamento para nossos militares”, declarou Trump na ocasião.

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