Trégua entre Israel e o Hamas começará na sexta-feira, confirma o Catar
Cessar-fogo terá início às 2h no horário de Brasília; treze mulheres e crianças devem ser libertadas por volta das 11h
O governo do Catar anunciou nesta quinta-feira, 23, que acordo de cessar-fogo entre Israel e o grupo militante palestino Hamas vai ter início às 7h do horário local (2h de Brasília) na sexta-feira, 24. Os reféns serão libertados de acordo com as negociações por volta das 16h (11h de Brasília).
Segundo um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do Catar, Majed Al-Ansari, treze mulheres e crianças serão libertadas da Faixa de Gaza. A lista de reféns que devem voltar para casa foi entregue ao serviço de inteligência israelense Mossad, e as negociações entre todas as partes mediadoras continuaram até esta manhã.
O acordo prevê a libertação de pelo menos 50 dos cerca de 240 reféns sequestrados pelo Hamas em 7 de outubro, em troca da libertação de 150 palestinos detidos em prisões israelenses. A maioria dessas pessoas tem cidadania estrangeira, mas também são cidadãos ou habitantes de Israel.
+ Hamas diz que a trégua temporária começará na quinta-feira
Inicialmente, a trégua temporária seria iniciada nesta quinta-feira, 23, às 10h no horário local (5h de Brasília), mas foi adiada para mais negociações. O processo vai ocorrer em duas etapas e múltiplas fases.
Primeiro, Israel vai libertar 150 prisioneiros palestinos assim que 50 reféns do Hamas forem devolvidos, o que deve acontecer em quatro fases, e pelo menos 10 pessoas devem voltar em cada uma delas. Já na segunda etapa, Tel Aviv vai libertar “até” outros 150 prisioneiros palestinos se “até” 50 reféns adicionais forem devolvidos a Israel.
De acordo com a decisão, todos os 300 palestinos detidos só serão libertados na condição de que 100 reféns vivos possam deixar Gaza. O anúncio da trégua por parte de Israel também informou que “imediatamente após o fim da pausa nos combates, necessária para garantir a libertação dos reféns, os combates serão retomados na Faixa de Gaza, a fim de destruir as capacidades militares e organizacionais do Hamas e da Jihad Islâmica Palestina em Gaza e para criar as condições para o retorno de todos os reféns”.