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‘Transformei em arte as maiores preocupações de Francisco’, diz ‘escultor do papa’

O canadense Timothy Schmalz afirmou ter encontrado um propósito ao criar obras que levarão adiante as questões às quais o falecido pontífice se dedicou

Por Sara Salbert 1 Maio 2025, 12h26

O artista canadense Timothy Schmalz, conhecido como “o escultor do papa”, afirmou que seu trabalho envolvia transformar em arte as mais profundas preocupações do papa Francisco, em entrevista ao Vatican News, portal oficial do Vaticano, publicada na terça-feira 29. 

Com uma carreira de quase 30 anos, Schmalz é autor de diversas esculturas em bronze que retratam temas sociais inspirados nas palavras e ações de Francisco. Entre suas obras mais conhecidas está Angels Unawares (algo como “anjos inconscientes”), instalada na Praça São Pedro, no Vaticano, um chamado à proteção de migrantes e refugiados de diversas origens culturais e étnicas – causa defendida por Francisco que gerou conflito, nos seus últimos dias de vida, com o governo do americano Donald Trump

Obras abençoadas

A relação entre o escultor e o papa começou com sua obra Homeless Jesus (“Jesus sem-teto”, em tradução livre), criada há mais de uma década. Francisco, tocado pela escultura, abençoou-a ao vê-la na Praça São Pedro. “Foi um momento tão incrível e simbólico porque eu senti que isso é o que o papa Francisco está fazendo em todo o mundo: ele está tocando pessoas que muitas vezes são invisíveis”, disse Schmalz ao Vatican News.

Outra obra emblemática é Let the Oppressed Go Free (“Deixe os oprimidos livres”, em português), que denuncia o tráfico humano — uma causa que Francisco classificava como uma “praga” que deve ser erradicada. A escultura, que pesa mais de três toneladas, inclui a figura da Santa Josefina Bakhita, vítima do tráfico.

O canadense também ressaltou que a arte tem uma função e deve servir a um propósito. “Quanto melhor a obra de arte for, realmente depende do que está sendo representado”, disse ele.

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“Acho que uma das grandes coisas sobre algumas dessas peças que criei é que elas continuarão a promover o trabalho e o cuidado do Santo Padre, e acho que enquanto existirem, enquanto estiverem lá fora, e enquanto as pessoas tiverem olhos e puderem estender a mão e tocar, elas estarão fazendo seu trabalho”, completou Schmalz.

Francisco faleceu um dia após a Páscoa, vítima de um AVC, no contexto de um grave problema cardiocirculatório.

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