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Testemunha de Kobe fica assustada com as dimensões da tragédia

Dificuldade de contato com parentes por telefone aumenta tensão entre japoneses que moram no Brasil. Canal NHK é o alento para quem está longe

Por Leo Pinheiro, do Rio de Janeiro
11 mar 2011, 16h50

“Pelo que vejo na televisão, desta vez é pior do que em 95. Não aconteceu em uma província específica. É em todo o país. Mesmo as regiões que não tiveram tremor foram atingidas por maremotos”, diz Matsushita

No Brasil, país com maior número de japoneses e descendentes fora do Japão no mundo, o terremoto preocupa quem deixou família e amigos na ilha. Com dificuldade de contato por telefone, uma das saída é passar o dia acompanhando a cobertura do canal por assinatura NHK, japonês.

É o caso de Shuichi Matsushita, 75 anos, há 40 no Brasil. Entre várias indas e vindas, ele não visita a terra natal há oito anos. “Ficamos mais tranqüilos quando vimos pela televisão que região de minha família não foi muito devastada. O tsunami chegou mais fraca àquela parte do país e felizmente não houve terremoto”, conta, aliviado, sobre a ilha de Shikoku.

Shuichi tem três irmãos mais novos no Japão. O fato de não ter nenhum filho morando na Ásia no momento também é um alento. A filha mais velha fez faculdade no Japão, mas houve vive no Brasil. Em 1995, ele viu de perto o terremoto de Kobe, que na época deixou mais de 6.000 mortos.

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“Não estou perto para saber, mas pelo que vejo na televisão, desta vez é pior do que em 95. Não aconteceu em uma província específica. É em todo o país. Mesmo as regiões que não tiveram tremor foram atingidas por maremotos”, diz Matsushita.

As medidas de prevenção adotadas desde 1995 ajudam a amenizar os impactos do terremoto. “Desde Kobe as construções no Japão ficaram mais fortes, os prédios são mais resistentes e não vai desmoronar tudo, como já aconteceu”, confia. “As pessoas também são mais calmas, elas já esperam terremotos e têm kits de sobrevivência em casa”, completa.

Estar distante, em um fuso de 12 horas, faz com que Schuichi viva uma tensão permanente. Por enquanto, não há descanso para a família aqui. A maior preocupação de Shuichi passou a ser o trabalho dos bombeiros. Segundo ele, o trabalho dos profissionais nas ações de resgate está praticamente parado na maioria das províncias porque em muitos lugares o fornecimento de energia foi totalmente cortado. “Como agora é madrugada lá, estão esperando amanhecer para avançar nas buscas”, explica.

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