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‘Tatuagem’ pode ajudar diabéticos a monitorar açúcar no sangue

Por Marco Túlio Pires
1 jun 2010, 21h51

Cientistas do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT, em inglês) desenvolveram nanotubos de carbono que podem ser injetados debaixo da pele para analisar o nível de glicose no sangue. Com isso, os engenheiros querem criar uma tinta que poderia ser usada para aplicar em diabéticos aumentando a capacidade de monitoração de glicose. Isso ajudaria a controlar melhor os sintomas da doença.

Atualmente, um dos meios para que um diabético monitore o nível de glicose no organismo é fazer um pequeno furo no dedo para a coleta de uma gota de sangue. A análise é feita por um aparelho e o procedimento deve ser repetido várias vezes por dia. Além disso, o método não é apropriado, por exemplo, se o paciente acabou de realizar uma refeição. Uma saída melhor seria medir o nível de glicose continuamente, por meio de injeção de enzimas que quebram a glicose. Com isso, um eletrodo posicionado na pele interage com um sub-produto dessa quebra, o peróxido de hidrogênio, permitindo que os níveis de glicose sejam indiretamente mensurados. Porém, nenhum dos eletrodos disponíveis atualmente foi aprovado para uso por mais de sete dias.

Agora, os engenheiros Paul Barone e Michael Strano, ambos do MIT, estão utilizando nanotubos de carbono envolvidos em um polímero que é sensível a concentrações de glicose. Quando os sensores se encontram com a glicose, os nanotubos ficam fluorescentes, e portanto, podendo ser detectados por uma luz infra-vermelha. A concentração de glicose pode ser medida pela quantidade de fluorescência.

Com isso, os pesquisadores pretendem criar uma espécie de tinta que teria essas nanopartículas em suspensão numa solução salina e que poderia ser injetada debaixo da pele, como uma tatuagem. A �tatuagem� duraria cerca de seis meses, antes de ter que ser renovada.

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Para medir o nível de glicose, o paciente teria que usar um monitor que emitiria a luz infra-vermelha na tatuagem para detectar a fluorescência resultante. Uma vantagem desse tipo de sensor é que, ao contrário de algumas moléculas fluorescentes, nanotubos de carbono não são destruídos à exposição de luz. Por causa disso, o sensor consegue realizar uma leitura contínua dos níveis de glicose.

Os engenheiros estão trabalhando para aumentar a precisão do sensor. Qualquer monitor de glicose deve passar em um teste conhecido como Grade de Erro de Clarke, padrão para esse tipo de medição. O teste, que compara os resultados do sensor com níveis medidos em laboratório, precisa ser muito consistente, uma vez que erros na medição de glicose podem ser fatais.

Os pesquisadores explicaram que os testes em humanos vão demorar alguns anos para acontecer. Contudo, uma bateria de testes em animais deve começar nos próximos meses.

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