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Tarifas e sanções do governo Trump são ‘insensatez com Brasil’, diz Lula

EUA anunciaram revogação de vistos de autoridades brasileiras por ligações com o Mais Médicos na quarta-feira

Por Caio Saad Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 14 ago 2025, 14h18 - Publicado em 14 ago 2025, 14h16

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou, nesta quinta-feira, 14, que o governo do presidente dos Estados Unidos, “fez uma insensatez com o Brasil” ao impor tarifas e sanções contra o país.

“O Trump fez uma insensatez com o Brasil porque nós somos parceiros americanos há 201 anos. Não é de hoje. São 201 anos de relações diplomáticas”, disse o petista durante cerimônia de inauguração de fábrica em Goiana, Pernambuco.

+ EUA revogam vistos de funcionários do governo brasileiro por relação com Mais Médicos

Na semana passada, os EUA implementaram oficialmente uma sobretaxa de 50% a uma longa lista de produtos brasileiros. Ainda não há sinal de negociação entre os governos Trump e Lula, que afirmou recentemente que não vai se “humilhar” para abrir um canal com o presidente dos Estados Unidos. O governo brasileiro afirma que as empresas mais afetadas pela barreira comercial americana terão prioridade no acesso aos recursos ao plano de socorro anunciado na quarta-feira.

Em paralelo, também na quarta-feira, o governo Trump anunciou novas restrições e revogou vistos de funcionários do governo do Brasil e ex-funcionários da Organização Pan-Americana da Saúde por “cumplicidade com o esquema de exportação de mão de obra do regime cubano no programa Mais Médicos”.

Em publicação nas redes sociais, o secretário de Estado americano, Marco Rubio, afirmou que o Mais Médicos seria um “esquema de exportação de trabalho forçado”, assim como um “golpe diplomático inconcebível de ‘missões médicas’ estrangeiras”.

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https://x.com/SecRubio/status/1955735248744177941

O Departamento de Estado não informou quantas autoridades foram sancionadas, mas comunicou que revogou os vistos de Mozart Júlio Tabosa Sales, secretário de Atenção Especializada à Saúde do Ministério da Saúde, e Alberto Kleiman, ex-assessor de Relações Internacionais do Ministério da Saúde, vistos pela agência como fundamentais na implementação do Mais Médicos.

Desde 2019, o Departamento de Estado dos EUA classifica as missões médicas de Cuba como “trabalho forçado”. Há relatos de médicos cubanos que desertaram da missão e em seguida processaram a Opas, alegando que a organização se beneficiou de um esquema no qual o governo cubano embolsava cerca de 85% dos salários pagos pelo Brasil.

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As sanções, segundo o Departamento de Estado, se dão por causa do envolvimento de Cuba no programa, que já que a presença de médicos cubanos no Brasil gerou divisas à Venezuela. Segundo Washington, as autoridades sancionadas teriam usado a Opas como intermediária para “driblar sanções americanas a Cuba e, conscientemente, pagar ao regime cubano o que era devido aos profissionais de saúde cubanos”.

Entre os anos de 2013 e 2018, cerca de 8 mil médicos cubanos trabalharam no Brasil em razão de um acordo entre os países para prestar serviços em áreas remotas do Brasil. Em 2023, com o retorno de Lula ao Planalto, houve um relançamento do programa, que conseguiu dobrar o número de profissionais: de 13.000 para os 26.700 atuais. No mesmo ano, houve ainda a ampliação de vagas para territórios como municípios da Amazônia Legal.

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