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Tarifas dos EUA sobre a China somam 145%, diz Casa Branca

Taxas de 125% anunciadas por Donald Trump se somam aos 20% que já estavam em vigor

Por Caio Saad Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 10 abr 2025, 16h52 - Publicado em 10 abr 2025, 13h13
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A Casa Branca esclareceu, nesta quinta-feira 10, que as tarifas impostas pelos Estados Unidos sobre produtos da China agora somam 145%, após o presidente Donald Trump anunciar na quarta um aumento das taxas para 125%, em resposta às retaliações anunciadas por Pequim.

Segundo a Casa Branca, os 125% se somam às tarifas de 20% que já estavam em vigor.

Mais cedo, em resposta às medidas dos EUA, o Ministério das Relações Exteriores da China disse que a guerra comercial travada por Trump com Pequim “terminará em fracasso” para Washington. Segundo o porta-voz da chancelaria chinesa, Lin Jian, Pequim não está interessada em uma luta, “mas não temerá se os Estados Unidos continuarem suas ameaças tarifárias”.

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“A causa dos EUA não ganha o apoio do povo e terminará em fracasso”, acrescentou ele.

O Ministério do Comércio da China também se manifestou, dizendo na quinta-feira que não há vencedores em uma guerra comercial e que o protecionismo é uma “estrada de mão única” que leva a danos econômicos mútuos.

“Esperamos que os EUA encontrem a China no meio do caminho e, com base nos princípios de respeito mútuo, coexistência pacífica e cooperação ganha-ganha, resolvam adequadamente as diferenças por meio do diálogo e da consulta”, escreveu a pasta em um comunicado, acrescentando que “a porta para o diálogo está aberta”.

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Guerra comercial

A decisão de Trump de elevar as tarifas ocorre após o Ministério das Finanças da China anunciar taxas adicionais de retaliação de 84% sobre produtos importados dos EUA a partir desta quinta-feira.

+ Trump pausa tarifas por 90 dias, mas eleva para 125% taxas sobre a China

Na quarta-feira, já havia entrado em vigor tarifas de 104% de Washington sobre Pequim, como anunciado na véspera pela secretária de Imprensa da Casa Branca, Karoline Leavitt, seguindo as ameaças de Trump de pressionar com mais 50% caso a China não voltasse atrás em medidas retaliatórias, o que não aconteceu. Os novos 50% de tarifas se somariam aos 20%, implementados em março, e aos 34% anunciados na semana passada, chegando ao total de 104% — agora elevados a 125%.

Ao mesmo tempo, o republicano disse que irá aplicar uma pausa de 90 dias em novas tarifas na guerra comercial, com exceção da China, e os impostos serão reduzidos a 10% para todos.

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Após o anúncio da pausa repentina nas tarifas, as bolsas globais, que antes estavam em queda, se recuperaram. As ações de Taiwan subiram 9,2% no início das negociações na quinta-feira, enquanto o índice Hang Seng, de Hong Kong, subiu 2,69%, e o índice composto de Xangai saltou 1,29%. No Japão, o Nikkei 225 subiu 7,2%, e, em Seul, o Kospi subiu mais de 5%. Na Austrália, o ASX 200 saltou mais de 6%.

A China prometeu “lutar até o fim” e acusa os Estados Unidos de praticarem unilateralismo, protecionismo e intimidação econômica com a imposição de tarifas adicionais sobre produtos chineses. Lin Jian afirmou que a postura americana de colocar seus próprios interesses acima das regras internacionais prejudica a estabilidade da produção global e da cadeia de suprimentos, além de comprometer a recuperação econômica mundial.

Trump, por sua vez, afirmou que a China “quer fazer um acordo, eles simplesmente não sabem como fazer isso”. “Eles são pessoas orgulhosas. O presidente Xi é um homem orgulhoso. Eu o conheço muito bem. Eles não sabem muito bem como fazer isso, mas vão descobrir”, disse o presidente americano.

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