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Tanques israelenses deixam centro de Gaza; ataques deixam 33 palestinos mortos

A maioria das vítimas estava no campo de refugiados de Nuseirat; Exército de Israel alega ter atingido 'alvos terroristas'

Por Da Redação 29 nov 2024, 10h02

Pelo menos 33 palestinos foram mortos e outros 137 ficaram feridos em ataques israelenses na Faixa de Gaza durante as últimas 24 horas, informaram os médicos locais nesta sexta-feira, 29, após alguns tanques do exército de Israel se retirarem de áreas no centro do enclave que haviam invadido.

A maioria das mortes aconteceu no campo de refugiados de Nuseirat, no centro do enclave. Os médios recuperaram 19 corpos nas áreas ao norte de Nuseirat, enquanto os demais foram encontrados nas regiões norte e sul de Gaza.

Entre as vítimas está Ahmed Al-Kahlout, chefe da Unidade de Terapia Intensiva do Hospital Kamal Adwan, no norte de Gaza. Ele perdeu a vida num ataque israelense com míssil enquanto atravessava o portão do hospital, segundo funcionários da unidade.

O Hospital Kamal Adwan, uma das três principais instalações médicas na região, agora diz operar em estado crítico devido à falta de suprimentos médicos, combustível e alimentos. As autoridades de saúde afirmaram que a maior parte de sua equipe médica havia sido detida ou expulsa pelos militares israelenses.

Alguns tanques israelenses permanecem na área do campo de refugiados, dificultando os esforços do Serviço de Emergência Civil Palestino para socorrer moradores presos dentro de suas casas, segundo o órgão.

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Operações intensificadas

Desde o início de outubro, o exército israelense tem intensificado as operações em Beit Lahiya, Jabalia e Beit Hanoun, no norte do enclave, alegando que os ataques visam impedir o reagrupamento de militantes do Hamas, que haviam sido afastados da área.

Na quinta-feira 28, o exército israelense disse que suas forças estavam atingindo “alvos terroristas como parte da atividade operacional na Faixa de Gaza”.

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Israel invadiu a Faixa de Gaza no ano passado, depois que terroristas liderados pelo Hamas atacaram comunidades no sul do país, matando cerca de 1.200 pessoas e sequestrando mais de 250 como reféns. Desde então, a campanha militar israelense matou quase 44.300 pessoas, de acordo com autoridades de saúde de Gaza, e destruiu grande parte da infraestrutura do enclave.

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