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Suprema Corte dos EUA mantém proibição de posse de armas para agressores

Por 8 votos contra 1, juízes anularam decisão de um tribunal inferior que permitiu que pessoas condenadas por violência doméstica tenham armas de fogo

Por Da Redação
Atualizado em 21 jun 2024, 16h26 - Publicado em 21 jun 2024, 16h06

A Suprema Corte dos Estados Unidos decidiu nesta sexta-feira, 21, manter a lei federal que proíbe a posse de armas para pessoas acusadas de violência doméstica. Com oito votos a favor e um contra, os juízes anularam a decisão de um tribunal inferior que considerou inconstitucional a lei que impede agressores de possuir armas de fogo por supostamente violar a Segunda Emenda da Constituição, que diz respeito ao direito à autodefesa.

Em 2022, a Suprema Corte expandiu os direitos ao acesso às armas. Mas, com a decisão do tribunal, novos limites foram estabelecidos. No centro do caso estava uma lei de 1994 que proíbe pessoas sujeitas a ordens judiciais por violência doméstica de possuírem armas de fogo.

“Nossa tradição de regulamentação de armas de fogo permite ao governo desarmar indivíduos que representam uma ameaça crível à segurança física de outros”, escreveu o presidente do tribunal, John Roberts.

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O único voto contra ratificação a legislação federal foi do juiz Clarence Thomas, que integra a “ala conservadora” do tribunal.  De acordo com ele, a lei coloca em “risco direitos da Segunda Emenda”.

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“O tribunal e o governo não apontam para uma única lei histórica que revogue o direito da Segunda Emenda de um cidadão com base em possível violência interpessoal”, escreveu Thomas.

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, aplaudiu a decisão da Suprema Corte e argumentou que a legislação é importante para a proteção dos sobreviventes de violência doméstica e das famílias que ainda podem passar por esse tipo de agressão.

Desdobramento do caso

O questionamento sobre a constitucionalidade da legislação veio à tona em 2020, quando um homem do Texas, chamado Zackey Rahimi, teve seu direito de posse de armas suspenso por uma condenação de violência doméstica.

Em 2019, Rahimi discutiu com a sua ex-namorada em um estacionamento no Texas. Durante a briga, ele a derrubou no chão e a arrastou para o carro. Quando Rahimi percebeu que havia testemunhas, ele disparou sua arma contra as pessoas.

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No ano seguinte, sua ex-namorada conseguiu uma ordem judicial (espécie de medida cautelar) contra ele e, consequentemente, Rahimi perdeu o direito a possuir armas. Depois disso, ele ainda se envolveu em outros cinco casos que envolviam disparos em público.

Em 2022, a Suprema Corte derrubou uma lei centenária de Nova York que impunha restrições contra o porte de arma fora de casa. Após a decisão, os advogados de Rahimi alegaram que sua condenação violava a Segunda Emenda. Um tribunal de apelações de Nova Orleans abraçou o argumento e concluiu que a restrição do acesso às armas para pessoas envolvidas em violência doméstica seria algo que “os nossos antepassados nunca teriam aceitado”. Agora, a Suprema Corte reverteu a decisão.

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