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Soleimani operava com milícias espalhadas no Oriente Médio

Do Iraque ao Líbano, general iraniano morto pelos EUA criou uma rede de milícias para defender os interesses de Teerã

Por Da Redação
Atualizado em 30 jul 2020, 19h32 - Publicado em 3 jan 2020, 18h41

O governo dos Estados Unidos justificou o ataque que resultou na morte do general iraniano Qassem Soleimani como meio de evitar um conflito maior com o Irã. Independentemente do mérito dessa explicação, o Irã de fato exerce influência sobre milícias e grupos formais espalhados pelo Oriente Médio  e norte da África e há suspeita de manter células em outras regiões, como a tríplice fronteira do Brasil, Paraguai e Argentina.

Do Líbano ao Iraque, os grupos paramilitares xiitas combatem os Estados Unidos e seus aliados, como Israel, ao mesmo tempo em que atuam em operações antiterroristas contra grupos sunitas, como o autointitulado Estado Islâmico e Al Qaeda.

A façanha de alinhar os grupos xiitas com objetivos diferentes veio do próprio Soleimani. Os Estados Unidos já o acusou de querer exportar a ideologia da Revolução Islâmica em 1979 a outros países, e o general estaria fazendo justamente isso, valendo-se dessas milícias.

No Iraque, o principal grupo apoiado pelo Irã é o Forças de Mobilização Popular, uma organização guarda-chuva que abrange diversas milícias, como Asaib Ahl Haq, Kataib Hezbollah, Harakat Hezbollah al-Nujaba e a Organização Badr.

Jamal Jaafar Ibrahimi, fundador do Kataib Hezbollah mais conhecido como Abu Mahdi al-Muhandis, morreu no ataque de drone em Badgá que eliminou Soleimani. Ambos estavam no mesmo veículo bombardeado.

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Soleimani desempenhou um papel-chave na guerra civil da Síria, na qual atuou para manter o regime do presidente Bashar Assad, e na luta contra o Estado Islâmico no Iraque.

No Líbano, o Hezbollah é o maior aliado de Teerã e jurou vingar e seguir os passos do general iraniano assassinado. O grupo foi criado com a ajuda da Guarda Revolucionária iraniana, em 1982. Nos anos recentes, sua atuação ultrapassou as fronteiras do país e alcançou, entre outros, o Iraque e a Síria.

Estabelecido com a meta de combater as forças israelenses que haviam invadido seu país, o Hezbollah continuou sendo um inimigo jurado de Israel, que o vê como a maior ameaça junto às suas fronteiras. Recentemente, o Hezbollah realizou um ataque contra o país judaico que alimentou temores de um novo conflito entre as partes.

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Já no Iêmen, o grupo rebelde houthi se alinha ao Irã por conta de outro inimigo em comum: a sunita Arábia Saudita. A guerra devasta o país há cinco anos e aparenta não ter fim. A tragédia humanitária do conflito é vista como uma das maiores do mundo.

Um recente ataque contra as refinarias da estatal de petróleo saudita foi apontado como de autoria do Irã, apesar de Teerã negar responsabilidade e de os rebeldes houthis terem assumido a autoria.

Grupos palestinos

Apesar do grupo Hamas ser de maioria sunita, o que o colocaria como adversário de Teerã, a aliança somente é possível por terem em Israel o seu inimigo em comum. Por meio de Soleimani, o grupo palestino que comanda a Faixa de Gaza tem uma divisão armada poderosa graças ao amparo financeiro e militar da República Islâmica. Estima-se que o grupo possua cerca de 30.000 combatentes e um arsenal com milhares de foguetes.

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Já o grupo Jihad Islâmica é visto como uma organização mais comprometida com a pauta oficial do Irã do que o Hamas, apesar dos poucos combatentes e armas. Recentemente, Israel matou o comandante do grupo em um ataque à Gaza. A ação foi retaliada com foguetes, mas sem nenhuma morte israelense.

(Com Reuters)

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