Sobe para seis número de turistas mortos por suposto envenenamento em Laos
Vítimas incluem duas australianas de 19 anos, além de um americano, duas dinamarquesas e uma britânica; Polícia suspeita de adulteração de bebida
O número de turistas mortos por um suposto envenenamento por metanol em Laos subiu para seis pessoas nesta sexta-feira, 22. O aumento ocorre após a família da australiana Holly Bowles, de 19 anos, confirmar sua morte um dia após sua amiga, Bianca Jones, 19, também vir a óbito. Entre as outras vítimas estão um americano não identificado, duas dinamarquesas, de 19 e 20 anos, e a advogada britânica Simone White, 28.
Segundo a família, Holly vivia “sua melhor vida viajando pelo Sudeste Asiático, conhecendo novos amigos e desfrutando de experiências incríveis”. Após o anúncio, a ministra das Relações Exteriores da Austrália, Penny Wong, afirmou que “todos os australianos ficarão de coração partido com o trágico falecimento de Holly Bowles” e desejou as “mais profundas condolências à sua família e amigos”.
Holly e Bianca foram levadas ao hospital em 13 de novembro, depois de não conseguirem fazer o check-out no Nana Backpacker Hostel, localizado em Vang Vieng, cidade que faz parte de uma rota de mochileiros que engloba Tailândia, Vietnã, Laos e Camboja. Um dia antes da intoxicação, o estabelecimento ofereceu doses gratuitas para cerca de 100 hóspedes, mas ninguém passou mal além das jovens australianas, disse o hostel à agência de notícias Associated Press.
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O gerente do albergue foi detido para interrogatório. Ainda não há detalhes precisos sobre por onde as outras vítimas passaram ou em qual lugar poderiam ter sido envenenadas por metanol. Em meio à falta de respostas, a Austrália pressiona por investigações transparentes, enquanto Nova Zelândia e Holanda monitoram incidentes envolvendo cidadãos locais.
Autoridades acreditam que as mortes tenham sido provocadas por bebidas alcoólicas adulteradas com metanol, uma substância fatal em pequenas quantidades que é encontrada em produtos falsificados. Incolor e inodoro, o composto químico, por vezes, é usado em bebidas por ser mais barato do que álcool. As vítimas podem apresentar sintomas até 24 horas após o consumo.