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Sobe para 282 o número de mortos em acidente em mina

Primeiro-ministro Recep Erdogan faz pronunciamento desastroso na TV e é alvo de protestos e indignação. Sindicatos convocam greve no país

Por Da Redação
15 Maio 2014, 08h18

O número de mortos na explosão em uma mina de carvão no oeste da Turquia subiu para 282, reduzindo ainda mais as esperanças de se encontrar sobreviventes, informou nesta quinta-feira o ministro de Energia turco, Taner Yildiz. O ministro detalhou que até o momento, dos 282 corpos que foram recuperados, 217 deles já foram entregues às suas famílias, enquanto os trabalhos de resgate podem voltar a ser interrompidos nas próximas horas “pelo acúmulo de gás e porque o incêndio prossegue” em alguns pontos no interior da mina.

“Nas últimas 12 horas não foi possível resgatar ninguém com vida”, afirmou o ministro em outro sinal de que as possibilidades de que ainda existam sobreviventes são muito pequenas, sobretudo quando o incêndio persiste dentro da mina. Yildiz se negou a dar uma estimativa total de mortos na tragédia, mas a imprensa turca situa o número em cerca de 350.

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Cinco dos maiores sindicatos do país, todos eles ligados à oposição, convocaram uma greve nesta quinta-feira e pediram que os cidadãos vistam roupas pretas ou utilizem um laço negro em sinal de solidariedade com as vítimas. Na quarta, ocorreram protestos em dezenas de localidades do país, desde o local da tragédia, Soma, até as três maiores cidades: Istambul, Ancara e Izmir. Nas três cidades ocorreram enfrentamentos entre os manifestantes, que pediam a renúncia do governo, e a polícia, que usou jatos d’água e gás lacrimogêneo. (Continue lendo o texto)

As palavras do primeiro-ministro, Recep Tayyip Erdogan, em entrevista coletiva no local da tragédia, contribuíram para aumentar a indignação de parte da população. Erdogan afirmou que este “tipo de acidente ocorre todo o momento” e enumerou uma série de acidentes industriais na mineração desde o século XIX para justificar suas palavras. As declarações foram consideradas desastrosas pela imprensa local e a população, que viram nas palavras de Erdogan uma tentativa de se eximir da culpa pelas falhas do governo no zelo pela segurança e fiscalização das minas.

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A Turquia tem o pior índice de acidentes no trabalho da Europa, com uma média de três mortes por dia, e a mineração é, proporcionalmente, o setor mais afetado. Em média, 80 operários morrem por ano em acidentes nas minas do país, o que equivale a um de cada mil trabalhadores, segundo dados de um estudo recente. Os sindicatos consideram que, por trás das causas do acidente, estão a pressão dos donos da mina para reduzir custos e a falta de equipamentos e de medidas de segurança.

(Com agência EFE)

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