Seul ameaça Coreia do Norte com ‘inferno de destruição’
O conflito entre as nações vizinhas esquentou depois que Pyongyang afirmou que não cumpriria mais com um acordo militar

O ministro da Defesa da Coreia do Sul ameaçou nesta quarta-feira, 13, desencadear um “inferno de destruição” na Coreia do Norte em retaliação contra quaisquer “ações imprudentes”. O aumento das tensões ocorre depois de Pyongyang ter dito, no mês passado, que não iria mais cumprir um pacto militar entre as nações vizinhas, que visava reduzir a chance de um conflito na região.
As declarações, feitas durante uma reunião dos principais comandantes militares, também seguem uma visita do ministro da Defesa sul-coreano, Shin Won-sik, ao comando de mísseis do seu país, que, segundo ele, teria a tarefa de “atacar letalmente o coração e a cabeça do inimigo” no caso de uma guerra.
“A Coreia do Norte tem apenas duas escolhas – paz ou destruição”, disparou Shin. “Se a Coreia do Norte cometer ações imprudentes que prejudiquem a paz, apenas um inferno de destruição os aguarda.”
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Novas medidas de Seul
A Coreia do Norte deixou o acordo com Seul e defendeu o desenvolvimento de mísseis e armas nucleares como um direito soberano necessário para fazer frente aos movimentos “hostis” dos Estados Unidos e dos seus aliados. A medida de Pyongyang ocorreu depois que a Coreia do Sul suspender parcialmente o pacto, em protesto contra o lançamento de um satélite espião pelo Norte.
Em reunião com comandantes militares, Shin descreveu uma série de medidas para Seul aumentar as suas capacidades bélicas, que incluem o lançamento dos seus próprios satélites, a melhoria do bem-estar dos soldados e o reforço “dramático” do sistema de defesa de “três eixos” da Coreia do Sul, incluindo planos de guerra que apelam a ataques preventivos, se necessário.
Na terça-feira 12, o Ministério da Defesa solicitou um aumento de 4,5% no orçamento do próximo ano, com o objetivo de impulsionar o sistema de “três eixos” com mais submarinos, jatos e sistemas de defesa.
Na semana passada, os conselheiros de segurança nacional dos Estados Unidos, Coreia do Sul e Japão também concordaram com novas iniciativas para responder às ameaças da Coreia do Norte no ciberespaço, desde abusos de criptomoedas até lançamentos espaciais.