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Serviço secreto da Venezuela prende jornalista de veículo da oposição

Ana Guaita Barreto foi detida nos arredores de Caracas, disseram seus pais, em meio à repressão crescente contra quem acusa Maduro de fraude eleitoral

Por Da Redação 21 ago 2024, 09h48

Ana Guaita Barreto, uma jornalista da Venezuela que trabalhava para o site de notícias antichavista La Patilla, foi presa pelo serviço secreto do país. A informação foi divulgada por Perkins Rocha, advogado da líder oposicionista María Corina Machado, na noite de terça-feira 20.

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A família de Guaita afirmou que agentes a detiveram em sua casa perto da capital, Caracas. O sindicato que representa funcionários da mídia na Venezuela afirmou que ela foi a sexta jornalista a ser presa após o pleito presidencial de 28 de julho, que o CNE, órgão eleitoral dominado pelo chavismo, diz que ter reeleito Nicolás Maduro. O resultado contestado desencadeou protestos em massa e uma onda de detenções, muitas das quais grupos de direitos humanos descreveram como arbitrárias.

O sindicato afirmou ainda que Guaita não foi informada sobre o motivo de sua detenção, mas inferiu que ela virou alvo porque trabalha para um site de notícias da oposição e porque seus pais são políticos antichavistas. A ativista de direitos Tamara Sujú comunicou ainda que a família da jornalista não foi informada para onde ela foi levada.

Repressão

A Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP) está entre as organizações que denunciaram a “repressão sistemática” de jornalistas na Venezuela. A SIP declarou que funcionários da mídia enfrentam “agressões, censura e assédio judicial sem o devido processo legal, o que leva a detenções arbitrárias”.

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O governo Maduro afirmou que mais de 2.400 pessoas foram presas após a eleição, algumas das quais acusou de “terrorismo”. Muitas estão sendo mantidas em cárcere sem direito de contratar advogados privados e sem permissão para contatar suas famílias.

O chefe de direitos humanos das Nações Unidas, Volker Türk, alertou na semana passada que os venezuelanos vivem sob um “clima de medo” causado pelas detenções arbitrárias. Nesta terça-feira, o Partido Comunista da Venezuela (PCV), que rompeu com o governo no ano passado, disse que funcionários públicos estavam sendo demitidos de empresas estatais, como a petrolífera PdVSA e a fornecedora de eletricidade Corpoelec, além de ameaçados e perseguidos por se manifestarem contra Maduro.

Além disso, na semana passada, foi aprovada uma lei que dá ao governo um controle mais rígido sobre organizações não governamentais. A Anistia Internacional afirmou que a nova norma “viola flagrantemente a liberdade de associação e o direito de participar de assuntos públicos”.

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“Isso marca mais uma repressão do governo de Nicolás Maduro contra aqueles que lutam pelos direitos humanos na Venezuela”, disse Ana Piquer, Diretora das Américas da ONG.

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