Senado abre caminho para plano de ajuda financeira de Biden
Presidente Joe Biden venceu primeira batalha no Senado com voto de desempate da vice Kamala Harris
O Senado dos Estados Unidos votou, nesta sexta-feira, 5, a favor de uma moção que abre caminho para a aprovação do plano de resgate econômico para a Covid-19, de 1,9 trilhão de dólares. Desta forma, a proposta do presidente democrata, Joe Biden, será aprovada sem a necessidade do apoio da oposição republicana.
Após 15 horas de uma sessão que se estendeu ao longo de toda a noite, a vice-presidente Kamala Harris chegou por volta de cinco e meia da manhã ao Capitólio para dar o voto de desempate. De acordo com a Constituição do país, a vice-presidente detém o voto de minerva caso haja empate em alguma votação do Congresso. Com o resultado das últimas eleições, o Senado ficou divido entre 50 senadores de cada partido – democrata e republicano.
Os congressistas apresentaram dezenas de emendas ao texto. Em alguns casos, as propostas receberam o apoio de parlamentares de ambos partidos, como a que buscava proibir a entrega de uma ajuda de 1.400 dólares a cidadãos de casas com renda alta.
O voto desta sexta-feira não significa a aprovação para o plano de alívio econômico do governo, mas abriu o caminho para que os democratas possam aprová-lo por uma maioria simples, evitando assim possíveis bloqueios dos republicanos. Muitos opositores são contra o projeto democrata por considerá-lo muito caro.
O avanço do plano de ajuda é a primeira vitória do presidente Joe Biden no Congresso, uma vez que não precisou de nenhum apoio do Partido Republicano para avançar. O atual presidente se mostrou disposto a negociar e se comprometer com os republicanos durante seu mandato, porém deixou claro que está pronto para avançar sem eles caso seja necessário. O projeto irá agora para a Cãmara dos Deputados, onde os democratas não necessitam de seus rivais políticos para aprovação. O voto final é aguardado para o final desta sexta-feira.
Os Estados Unidos é o país mais afetado pelo coronavírus, superando na última quarta-feira a marca de 450.000 mortes por Covid-19.