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Sem o Nobel, Trump é primeiro vencedor do Prêmio da Paz da Fifa

Presidente dos EUA recebeu honraria durante sorteio da Copa do Mundo, em Washington

Por Caio Saad Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 5 dez 2025, 15h07 - Publicado em 5 dez 2025, 14h29

Depois de muitas queixas públicas por não ter sido escolhido para o Nobel, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, agora tem uma prêmio para chamar de seu. O republicano recebeu nesta sexta-feira, 5, o primeiro Prêmio da Paz da Fifa, uma iniciativa anunciada em novembro pelo presidente da federação, Gianni Infantino, como uma homenagem a indivíduos que “unem as pessoas”.

“É uma das grandes honras da minha vida. Além das condecorações, salvamos milhões e milhões de vidas”, disse Trump ao receber o prêmio que, segundo Infantino, é entregue “em nome de todos os amentes do futebol ao redor do mundo” — mesmo que a honraria tenha sido anunciada pelo presidente da Fifa às pressas e nem mesmo o conselho da federação, composto por 37 dirigentes, tenha sido consultado, segundo o portal The Athletic, do New York Times. Muitos membros souberam do prêmio pela imprensa.

A escolha não surpreendeu muito visto que Infantino já havia dito que Trump deveria receber o Nobel da Paz por seu trabalho no cessar-fogo entre Israel e o grupo militante palestino Hamas, assim como por um possível acordo para encerrar a guerra na Ucrânia e pela participação em negociações na República Democrática do Congo.

A premiação, no entanto, segue a escalada de pressão dos EUA contra a Venezuela, que viu pesado deslocamento militar para o Caribe e mais de vinte ataques a embarcações que, segundo Washington, carregam drogas. Ao menos 83 pessoas morreram nas investidas, que fazem parte do que ficou conhecido como “Operação Lança do Sul”. Na terça-feira, 2, o presidente americano afirmou que ataques contra alvos dentro da Venezuela começarão “em breve”.

Em um evento de negócios em Miami no mês passado, Infantino disse que considerava Trump “realmente um amigo próximo” e pediu a seus oponentes que respeitassem o resultado da eleição de 2024, apoiando suas políticas.

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“Ele tem uma energia incrível e isso é algo que eu realmente admiro”, disse Infantino sobre Trump. “Ele faz as coisas. Ele faz o que diz. Ele diz o que pensa. Ele diz, na verdade, o que muitas pessoas também pensam, mas talvez não se atrevam a dizer.”

Pesa também o fato de a cerimônia de sorteio da Copa do Mundo 2026 parecer ter sido montada milimetricamente para agradar o presidente americano. Se antes seria em Las Vegas, o evento foi transferido para a capital, Washington, dentro do Kennedy Center, um centro de artes presidido por Trump desde fevereiro, quando o conselho foi destituído.

Entre as atrações musicais está o Village People, presença carimbada nos comícios de campanha do republicano com os hits “Macho Man” e “YMCA”.

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+ Fifa ignora carta da Human Rights Watch sobre novo ‘Prêmio da Paz’; entenda polêmica

A data do anúncio também chamou atenção. No mesmo dia, o presidente da Fifa participou de um evento em Miami ao lado do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, figura que Infantino elogia com frequência. Semanas mais tarde, ele esteve presente em um jantar de Trump com lista de convidados inusitada: o príncipe herdeiro da Arábia Saudita, Mohammed bin Salman; o magnata Elon Musk, executivos de tecnologia e criptomoedas; apresentadores da emissora conservadora Fox News; e o jogador Cristiano Ronaldo.

Em uma carta ao jornal britânico The Guardian no mês passado, o diretor de mídia da Fifa defendeu o novo prêmio. “Em vez de ser criticada por apoiar a paz em um mundo dividido, a Fifa deveria ser reconhecida pelo que é: uma entidade global que deseja construir um futuro melhor.”

A ONG internacional Human Rights Watch (HRW), que enviou uma carta à federação pedindo explicações, disse não ter recebido qualquer resposta. 

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