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Sem citar EUA, UE e Celac condenam ‘uso da força’ e defendem ‘estabilidade’ no Caribe

Cúpula na Colômbia ocorre em meio à escalada das tensões entre EUA e Venezuela, reflexo do suposto cerco americano ao narcotráfico no Caribe e Pacífico

Por Paula Freitas Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 10 nov 2025, 12h26

Sem citar os Estados Unidos, os países da América Latina e da União Europeia (UE) destacaram a “importância da segurança marítima e da estabilidade regional no Caribe” e condenaram o “uso da força” na declaração final da cúpula da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac) e UE divulgada neste domingo, 9. O comunicado conjunto ocorre em meio à escalada das tensões entre EUA e Venezuela, reflexo da decisão do presidente americano, Donald Trump, de enviar tropas para o Caribe e Pacífico em cerco ao narcotráfico.

“Reafirmamos nossa adesão aos princípios e propósitos da Carta das Nações Unidas, em particular à igualdade soberana dos Estados, ao respeito pela integridade territorial e pela independência política, à não intervenção em assuntos que são essencialmente da jurisdição interna dos Estados e à solução pacífica das controvérsias”, disse a declaração.

“Reiteramos nossa oposição à ameaça ou ao uso da força e destacamos a importância de priorizar a prevenção de conflitos, as operações de manutenção da paz e a consolidação da paz como elementos essenciais para uma paz duradoura em ambas as regiões”, continuou.  “Reiteramos nossa oposição à ameaça ou ao uso da força e a qualquer ação que não esteja em conformidade com o direito internacional e a Carta das Nações Unidas.”

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Críticas aos EUA

Em outro momento, o texto afirmou que os 58 países concordaram “quanto à relevância da cooperação internacional, do respeito mútuo e do pleno cumprimento do direito internacional, inclusive na luta contra o crime organizado transnacional e o tráfico ilícito de drogas” e que “vários Estados-membros da Celac destacaram suas posições nacionais em relação à situação no Caribe e no Pacífico”, mas frisaram o “compromisso de fortalecer os mecanismos de diálogo, coordenação e assistência técnica para enfrentar conjuntamente esses desafios”.

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O primeiro dia da cúpula, que termina nesta segunda-feira, 10, foi marcado por críticas indiretas às ações do governo Trump. A reunião ocorre na cidade colombiana de Santa Marta. O documento conjunto também faz menções a outros problemas do cenário internacional, como a guerra na Ucrânia e em Gaza, além de sugerir a reforma do Conselho de Segurança das Nações Unidas “para torná-lo mais representativo” — uma iniciativa apoiada pelo Brasil, que tenta se tornar membro permanente do órgão.

Venezuela e Nicarágua não assinaram declaração de 52 pontos, que também defendeu o multilateralismo e “eleições livres e transparentes”. Questionada sobre a ausência de uma menção direta aos Estados Unidos, a vice-presidente da Comissão Europeia, Kaja Kallas, disse que caso contrário “não teríamos conseguido que os países se somassem (ao texto final), muito simples”.

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Tensão no Caribe

A declaração ocorre em meio à crescente mobilização militar americana na América Latina e ao aumento das expectativas de uma possível ampliação das operações na região, em atos considerados como “execuções extrajudiciais” pela Organização das Nações Unidas (ONU). Destróieres com mísseis guiados, caças F-35, um submarino nuclear e cerca de 6.500 soldados foram despachados para o Caribe, enquanto o Trump intensifica o jogo de quem pisca primeiro com o governo venezuelano.

O republicano também revelou que havia autorizado a CIA a conduzir operações secretas dentro da Venezuela, aumentando as especulações em Caracas de que Washington quer derrubar o presidente Nicolás Maduro. Fontes próximas à Casa Branca afirmam que o Pentágono apresentou a Trump diferentes opções, incluindo ataques a instalações militares venezuelanas — como pistas de pouso — sob a justificativa de vínculos entre setores das Forças Armadas e o narcotráfico.

Os EUA acusam Maduro de liderar o Cartel de los Soles e oferecem uma recompensa de US$ 50 milhões por informações que levem à captura do chefe do regime chavista. O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, também foi acusado por Trump de ser “líder do tráfico de drogas” e “bandido”. Em paralelo, intensificam-se os ataques a barcos de Organizações Terroristas Designadas, como define o governo americano, no Caribe e Pacífico — foram 20 explosões até o momento, com 76 mortos.

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Para além da Celac e da UE, os incidentes geraram alarme entre alguns juristas e legisladores democratas, que denunciaram os casos como violações do direito internacional. Em contrapartida, Trump argumentou que os EUA já estão envolvidos em uma guerra com grupos narcoterroristas da Venezuela, o que torna os ataques legítimos. Autoridades afirmaram ainda que disparos letais são necessários porque ações tradicionais para prender os tripulantes e apreender as cargas ilícitas falharam em conter o fluxo de narcóticos em direção ao país.

 

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