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Secretário do Trabalho de Trump renuncia após caso envolvendo bilionário

Alexander Acosta foi acusado de beneficiar investidor Jeffrey Epstein em processo por abuso sexual de menores em 2008

Por Da Redação
12 jul 2019, 11h33

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta sexta-feira, 12, a renúncia do secretário do Trabalho, Alexander Acosta. O republicano vinha recebendo muitas críticas por um acordo que ofereceu há uma década ao milionário Jeffrey Epstein, acusado de abuso sexual de menores.

Em anúncio na Casa Branca, Trump afirmou que recebeu uma ligação de Acosta nesta manhã. Segundo o presidente, a decisão de renunciar partiu do secretário.

Acosta tem sido alvo de críticas por ter aprovado, em 2008, um acordo de leniência que permitiu que Epstein não fosse plenamente responsabilizado por acusações de abuso sexual de menores.

O republicano era procurador federal na Flórida na época. Com o acordo firmado, Jeffrey Epstein foi condenado a apenas 13 meses de prisão após se declarar culpado de utilizar prostitutas menores de idade.

No final das contas, contudo, o milionário cumpriu parte da pena de prisão, mas recebeu o benefício do regime semiaberto, de liberação para o trabalho diário, o que o deixava livre para sair toda manhã e voltar à noite. Acosta disse não saber que Epstein conseguiria ser elegível para liberação para o trabalho.

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O investidor de 66 anos é amigo de várias figuras poderosas, como o presidente americano, Donald Trump, e o ex-presidente democrata Bill Clinton. A polêmica em torno do seu caso reacendeu nesta semana, quando ele foi acusado novamente de abuso sexual, exploração sexual e tráfico sexual de menores – envolvendo garotas de 14 a 17 anos.

No sábado 6, ele voltou a ser preso, desta vez em Nova York. Com novas provas e uma promotoria empenhada, pode pegar até 45 anos de cadeia por essas acusações que remontam à mesma época das denúncias anteriores.

“Ele é um homem perigoso e deve ficar entre as grades”, afirmou Acosta. “Suas ações merecem uma sentença muito mais dura”, reconheceu.

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O secretário disse que em 2008 sua equipe optou pelo acordo com Epstein porque temia que ele ficasse livre se pressionassem para levá-lo a julgamento por acusações mais graves.

“Nosso objetivo era claro”, declarou Acosta: “colocar Epstein na prisão para garantir que ele fosse registrado na lista de criminosos sexuais, dar às vítimas os meios para pedir a reparação”.

O escritório de responsabilidade profissional do Departamento de Justiça, que investiga acusações de má-conduta por profissionais do departamento, está revisando como Acosta e outros procuradores na Procuradoria Federal para o Distrito Sul da Flórida conduziram o acordo de Epstein. Acosta diz que irá colaborar com qualquer investigação.

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