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Secretário de Trump compartilha vídeo com pastores dizendo que mulheres não devem votar

Pete Hegseth, chefe da pasta de Defesa, republicou no X entrevista em que líderes evangélicos defendem o fim do voto feminino e submissão de esposas

Por Amanda Péchy Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 12 ago 2025, 10h58

O secretário de Defesa dos Estados Unidos, Pete Hegseth, recentemente usou as redes sociais para compartilhar um vídeo no qual vários pastores defendem que mulheres deveriam perder o direito de votar. O episódio ocorreu na última quinta-feira 7, quando ele republicou no X (ex-Twitter) um segmento de uma entrevista que líderes evangélicos deram à emissora americana CNN.

O foco do programa era o pastor Doug Wilson, um nacionalista cristão que cofundou a Comunhão das Igrejas Evangélicas Reformadas (CREC), sediada em Idaho. Na entrevista, ele levantou a ideia do fim do voto feminino. “Gostaria de ver os Estados Unidos sendo uma nação cristã e gostaria que este mundo fosse um mundo cristão”, disse o religioso, afirmando ainda que mulheres não deveriam ocupar cargos de liderança ou combate nas Forças Armadas.

 

 

Outro pastor, Toby Sumpter, disse à CNN: “Na minha sociedade ideal, votaríamos como família. Normalmente, eu seria a pessoa a votar, mas votaria depois de discutir o assunto com minha família.”

Uma mulher afiliada à CREC, também entrevistada para o programa, comentou que considera o marido o chefe da família. “Eu me submeto a ele”, acrescentou.

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Quando Hegseth republicou a reportagem de quase sete minutos, adicionou a legenda: “Tudo de Cristo para toda a vida.”

No sábado 9, o porta-voz do Pentágono, Sean Parnell, emitiu declaração afirmando que Hegseth “é um membro orgulhoso de uma igreja afiliada” ao CREC e que o secretário “aprecia muito muitos dos escritos e ensinamentos” do pastor Wilson. De acordo com a CNN, o chefe da pasta de Defesa e sua família compareceram à cerimônia de inauguração da igreja de Wilson em Washington, em julho.

Aposta de Trump no nacionalismo cristão

Após o programa da CNN ir ao ar, a organização evangélica progressista Vote Common Good expressou indignação. O pastor e diretor executivo do grupo, Doug Pagitt, afirmou em entrevista à agência de notícias The Associated Press que as ideias contidas no vídeo são visões “à margem” da comunidade cristã e classificou de “alarmante” o fato de que a entrevista foi compartilhada por Hegseth.

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O episódio ocorreu num momento em que o governo Donald Trump intensifica os esforços para amplificar e promover o nacionalismo cristão, dentro de um contexto de aliança renovada entre o presidente dos Estados Unidos e a direita evangélica em seu segundo mandato.

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Assim que voltou ao cargo, em 20 de janeiro, ele assinou um decreto para criar uma força-tarefa federal com objetivo de investigar o que ele chama de “preconceito anticristão” em agências governamentais. O presidente também criou um “escritório da fé” na Casa Branca em fevereiro, afirmando que o novo órgão seria responsável por fazer recomendações a ele “sobre mudanças em políticas, programas e práticas” e consultaria especialistas externos para “combater preconceitos antissemitas, anticristãos e outras formas de preconceito antirreligioso”.

Em maio, Hegseth convidou seu pastor pessoal, Brooks Potteiger, ao Pentágono para liderar o primeiro de vários cultos evangélicos que o secretário de Defesa organizou dentro do prédio do governo durante o horário de trabalho. Funcionários do Departamento de Defesa e militares disseram ter recebido convites para o evento em seus e-mails oficiais.

A primeira emenda da Constituição americana proíbe o governo de estabelecer uma religião de Estado. Mas o escritório administrativo dos tribunais dos Estados Unidos afirma que a definição específica de “estabelecimento”, nesse contexto, não é clara, especialmente porque a Carta Magna também protege o direito de todos os cidadãos de praticar sua religião de forma geral, como bem entenderem.

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