Black Friday: Assine a partir de 1,49/semana
Continua após publicidade

Rússia veta resolução para investigar armas químicas na Síria

É a décima vez que Moscou utiliza o poder de veto para bloquear medidas da ONU contra o país árabe

Por Da redação
Atualizado em 4 jun 2024, 19h02 - Publicado em 17 nov 2017, 18h19

A Rússia vetou nesta quinta-feira, no Conselho de Segurança, uma resolução que buscava prorrogar investigação da ONU para determinar os responsáveis por ataques químicos na Síria. Trata-se da décima vez que Moscou utiliza seu poder de veto para bloquear medidas do Conselho de Segurança contra seu aliado em Damasco.

Onze dos quinze membros do Conselho votaram a favor do projeto de resolução redigido pelos Estados Unidos para estender o mandato do Mecanismo de Investigação Conjunta (JIM, na sigla em inglês) para identificar os autores dos ataques químicos na Síria. O mandato do grupo terminou nesta quinta-feira.

Para ser adotada, uma resolução deve receber pelo menos nove votos e não ser objeto de veto por nenhum dos cinco membros permanentes: Estados Unidos, Rússia, China, França e Reino Unido. China e Egito se abstiveram, enquanto que a Bolívia se uniu à Rússia para votar contra a medida.

A embaixadora americana na ONU, Nikki Haley, disse no Conselho que o veto russo foi um “duro golpe”. “A Rússia matou o mecanismo de investigação, que conta com um esmagador apoio deste Conselho”, afirmou.

Moscou também apresentou uma proposta para prorrogar a investigação, mas com a realização de mudanças no mandato dos especialistas. Submetida a voto a pedido da Bolívia, a resolução recebeu quatro votos favoráveis, muito longe dos nove necessários para que fosse aprovada no Conselho de Segurança.

A Rússia criticou duramente o JIM após seu último relatório, acusando a força aérea síria de lançar em 4 de abril um ataque com gás sarin contra o povoado Jan Sheijun, que deixou mais de 80 mortos.

Esse ataque gerou alarme internacional diante das imagens de crianças morrendo e levou os Estados Unidos a lançar um ataque de mísseis contra uma base aérea síria.

Desde a sua criação em 2015 por iniciativa russo-americana, o JIM agrupa cerca de trinta especialistas, que concluíram que as forças de Damasco são responsáveis, além do incidente em Jan Sheijun, por ataques com cloro em três aldeias em 2014 e 2015, e que o Estado Islâmico usou gás mostarda em 2015.

Continua após a publicidade

Nesta sexta-feira, o Reino Unido condenou o veto da Rússia e prometeu continuar trabalhando para responsabilizar os infratores na Síria. Em comunicado, o ministro de Relações Exteriores britânico, Boris Johnson, considerou “terrível” que se tenha posto fim à missão dos investigadores da ONU e da Organização para Proibição das Armas Químicas (OPAQ), como consequência do voto da Rússia ontem no Conselho de Segurança.

“A resposta da Rússia a quatro ataques químicos confirmados por parte do regime sírio e outros dois pelo Daesh (acrônimo em árabe do grupo Estado Islâmico) é bloquear qualquer outra investigação”, lamentou o britânico.

(Com EFE e AFP)

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

BLACK
FRIDAY

MELHOR
OFERTA

Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 5,99/mês*

ou
BLACK
FRIDAY
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (menos de R$10 por revista)

a partir de 39,96/mês

ou

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.