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Rússia teria projeto secreto de drones de guerra na China, diz agência

Subsidiária de fabricante de armas o governo teria desenvolvido e testado novo modelo chamado Garpiya-3 (G3) com ajuda de especialistas chineses

Por Da Redação
Atualizado em 25 set 2024, 08h40 - Publicado em 25 set 2024, 08h14

A Rússia montou um programa de armas na China para desenvolver e produzir drones de ataque de longo alcance para uso na guerra contra a Ucrânia, de acordo com duas fontes de uma agência de inteligência europeia e documentos revisados pela agência de notícias Reuters.

Segundo reportagem, publicada nesta quarta-feira, 25, a IEMZ Kupol, subsidiária da Almaz-Antey, uma fabricante de armas de propriedade do governo da Rússia, desenvolveu e já testou um novo modelo de drone chamado Garpiya-3 (G3) na China. O desenvolvimento e a fabricação teve ajuda de especialistas locais, de acordo com os documentos vistos pela Reuters, um relatório que a Kupol enviou ao Ministério da Defesa da Rússia.

O G3 pode viajar cerca de 2.000 km com uma carga útil de 50 kg, de acordo com os relatórios enviados pela fabricante ao Ministério da Defesa. Amostras do G3 e de alguns outros modelos de drones feitos na China foram entregues a especialistas na Rússia para testes adicionais, novamente com o envolvimento de especialistas chineses.

+ Imagens mostram ‘falha catastrófica’ em teste do novo míssil balístico Sarmat da Rússia

Mais cedo neste ano, a agência Reuters relatou que China estaria fortalecendo a máquina de guerra da Rússia com equipamentos de ponta, incluindo drones, mísseis e imagens de satélite, para impulsionar o Exército russo no conflito na

Ucrânia, iniciado há dois anos. A informação foi divulgada com base em relatos de autoridades dos Estados Unidos, sob condição de anonimato.

A ajuda dada por Pequim permitiria que o governo de Vladimir Putin colocasse em prática a “mais ambiciosa expansão de defesa desde a era soviética e em um cronograma mais rápido do que acreditávamos ser possível no início deste conflito”, disse uma das fontes ouvidas pela Reuters. Estima-se que 90% das importações de microeletrônica da Rússia vieram da China no ano passado, alimentando a tecnologia que teria sido utilizada para fabricação de mísseis, tanques e aeronaves.

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+ EUA acusam China de apoiar máquina de guerra da Rússia na Ucrânia
Pequim nega qualquer envolvimento do governo ou de empresas chinesas no fornecimento de armas para uso em território ucraniano.

Na semana passada, Putin disse que seus militares receberam cerca de 140.000 drones em 2023 e que Moscou planejava aumentar esse número ainda mais, alertando que “quem reagir mais rápido às demandas no campo de batalha vence”.

Alguns projetos bélicos, no entanto, apresentaram problemas. Fotografias de satélite capturadas pela empresa de tecnologia Maxar no sábado, 21, mostram uma cratera de aproximadamente 60 metros de largura no silo de lançamento do Cosmódromo de Plesetsk, no norte da Rússia, depois de uma “falha catastrófica” em teste do míssil balístico Sarmat.

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O míssil intercontinental RS-28 Sarmat foi projetado para lançar ogivas nucleares a alvos a milhares de quilômetros, incluindo os Estados Unidos e a Europa. Contudo, seu desenvolvimento tem sido marcado por atrasos e contratempos em testes.

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