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Rússia prende suspeito de matar general com patinete-bomba em Moscou

Autoridades afirmam que cidadão uzbeque estaria envolvido na explosão que matou Igor Kirillov, chefe da defesa nuclear do Kremlin

Por Redação 18 dez 2024, 08h23

A Rússia afirmou ter detido um cidadão uzbeque nesta quarta-feira, 18, que investigadores acreditam estar envolvido no atentado que matou Igor Kirillov, chefe da defesa nuclear do Kremlin, na véspera. Segundo autoridades, o homem foi responsável por implantar uma bomba em um patinete, cuja explosão atingiu o tenente-general, seguindo instruções do Serviço de Segurança da Ucrânia (SBU).

O Comitê Investigativo russo disse que o suspeito de 29 anos teria sido recrutado por serviços especiais ucranianos, que teria prometido um pagamento de US$ 100 mil (cerca de R$ 614 mil, na cotação atual) e uma viagem para a União Europeia, informou a agência de notícias Tass, citando a agência de espionagem doméstica do país, a FSB.

O homem foi preso na vila de Chernoye, no distrito de Balashikha, em Moscou, disse a agência de notícias Ria, citando a porta-voz do Ministério do Interior, Irina Volk.

Confissão

Um vídeo da confissão do suspeito foi publicado pelo canal de notícias Baza, que é conhecido por ter fontes nos círculos policiais russos. Não ficou claro em que condições ele admitiu culpa pelo ocorrido.

Vestido com um casaco de inverno, o homem diz que foi a Moscou por ordem dos serviços de inteligência da Ucrânia, comprou um patinete elétrico e recebeu um dispositivo explosivo improvisado para realizar o ataque meses depois.

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Ele descreve como colocou o dispositivo no patinete, que ele havia estacionado do lado de fora da entrada do prédio residencial onde Kirillov morava. Os investigadores afirmaram que ele havia instalado uma câmera de vigilância em um carro alugado nas proximidades e que os arquitetos do plano, que estariam baseados na cidade ucraniana de Dnipro, usaram a câmera para assistir o que estava acontecendo.

O suspeito completa dizendo que detonou o dispositivo remotamente assim que Kirillov deixou o prédio.

Investigadores estão tentando identificar outras pessoas envolvidas no assassinato. O jornal russo Kommersant relatou que outro suspeito havia sido detido.

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O atentado

Kirillov, chefe da unidade de armas químicas, biológicas e radiológicas do exército, foi morto junto com seu assistente quando uma bomba escondida em um patinete elétrico explodiu no momento em que os dois homens saíam de um prédio, em uma área residencial no sudeste de Moscou, na terça-feira 17. O explosivo foi ativado à distância.

O serviço de segurança ucraniano (SBU) assumiu a responsabilidade pelo assassinato, segundo informou uma fonte interna às agências de notícias AFP e Reuters. “A liquidação do tenente-general Igor Kirillov, chefe das tropas de defesa radiológica, química e biológica das Forças Armadas russas, é uma operação especial do SBU”, disse a fonte. O governo da Ucrânia ainda não se manifestou.

Um oficial de inteligência ucraniano com conhecimento direto do ataque também disse ao jornal britânico Financial Times que o SBU estava por trás do assassinato.

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“Kirillov era um criminoso de guerra e um alvo completamente legítimo, pois deu ordens para usar armas químicas proibidas contra os militares ucranianos”, disse o oficial ao FT. “Um fim tão inglório aguarda todos que matam ucranianos. A retribuição por crimes de guerra é inevitável.”

A Rússia sempre negou as alegações ucranianas de que usa armas químicas no campo de batalha. Kirillov, que era casado e tinha dois filhos, chegou a ser sentenciado à revelia por um tribunal ucraniano em 16 de dezembro pelo suposto uso. O SBU disse ter registrado mais de 4.800 usos de armas químicas no campo de batalha desde o início do conflito, especialmente de granadas K-1.

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