Rússia pode usar armas nucleares para defender territórios, diz Medvedev
Ex-presidente russo subiu o tom um dia após Vladimir Putin pedir a mobilização de 300.000 reservistas para o Exército
![O presidente russo, Vladimir Putin, e o ex-primeiro-ministro do país Dmitri Medvedev - 9/05/2019 -](https://veja.abril.com.br/wp-content/uploads/2022/06/GettyImages-1142437300-1.jpg?quality=90&strip=info&w=900&h=600&crop=1)
O ex-presidente da Rússia e atual vice-presidente do Conselho de Segurança do país, Dimitri Medvedev, disse, nesta quinta-feira, 22, que Moscou pode defender os territórios conquistados na Ucrânia com “armas nucleares estratégicas”. O discurso em tom elevado ocorre um dia depois do atual líder Vladimir Putin pedir a mobilização de 300.000 reservistas para o Exército.
“A Rússia anunciou que não apenas as capacidades de mobilização, mas também qualquer arma russa, incluindo armas nucleares estratégicas e armas baseadas em novos princípios, podem ser usadas para essa proteção (das regiões ocupadas)”, afirmou Medvedev no aplicativo de mensagens Telegram.
A autoridade também ressaltou que os referendos sobre a separação das regiões ucranianas de Luhansk, Donetsk, Kherson e Zaporizhzhia, que foram invadidas pelas forças russas vão ocorrer e “não há como voltar atrás”. “O establishment ocidental e todos os cidadãos dos países da Otan precisam entender que a Rússia escolheu seu próprio caminho”, acrescentou.
O ex-primeiro-ministro russo ainda ameaçou a Europa e os Estados Unidos, dizendo que “vários idiotas aposentados com listras de generais não precisam nos assustar com a conversa sobre um ataque da Otan na Crimeia” e que o “hipersônico (míssil) pode atingir alvos na Europa e nos Estados Unidos muito mais rápido”.