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Rússia multa Twitch sob acusação de propagar ‘informações falsas’

Empresa de streaming americana foi punida depois de não remover um vídeo de 31 segundos com informações sobre a cidade de Bucha

Por Matheus Deccache 16 ago 2022, 14h49

Um tribunal na Rússia multou a plataforma de streaming Twitch no valor de 2 milhões de rublos, o equivalente a cerca de 168 mil reais, nesta terça-feira, 16, por transmitir um vídeo contendo o que chamou de “informações falsas” sobre supostos crimes de guerra cometidos na cidade ucraniana de Bucha, de acordo com agências de notícias estatais russas.

O Kremlin tem ameaçado repetidamente multar sites como Google, Twitter e Wikipedia, sob acusação de reproduzir conteúdo falso relacionado à guerra na Ucrânia. De acordo com o jornal Kommersant, a punição desta terça foi causada depois que a plataforma não removeu um vídeo de 31 segundos de uma garota que afirmava morar em Bucha. O conteúdo da filmagem não foi especificado.

+ Rússia multa empresa do Google em 373 milhões de dólares

A cidade tomou os noticiários em abril, quando o Exército russo foi acusado de ter cometido um massacre na região. De acordo com a Procuradoria Geral da Ucrânia, 410 corpos foram encontrados nas ruas dos subúrbios do norte de Kiev, após a retirada das tropas de Moscou.

Segundo o governo ucraniano e de acordo com imagens difundidas por veículos internacionais, os corpos apresentavam sinais de terem sido sumariamente executados. As vítimas estariam trajando roupas civis e muitas estavam com as mãos atadas. A Rússia nega todas as acusações. 

Antes do anúncio da multa à Twitch, a agência de notícias RIA disse que o Telegram foi atingido com duas multas que somadas chegam a mais de 11 milhões de rublos por se recusar a excluir vídeos que supostamente mostravam informações tidas como falsas. 

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Em julho, o governo russo também multou a empresa proprietária do Google, a Alphabet, em 373 milhões de dólares, equivalente a 2 bilhões de reais, por não remover conteúdos que a Rússia considera ilegal, como “notícias falsas” sobre o conflito na Ucrânia e por não restringir o acesso imediato a materiais proibidos.

O serviço de notícias do Google já havia sido bloqueado em março no país, pelo mesmo motivo. Mesmo antes da guerra, Moscou já era contra à distribuição de conteúdo de plataformas estrangeiras que violassem suas restrições. No final do ano passado, o Google foi penalizado em 7,2 bilhões de rubros.

+ Ucrânia diz ter encontrado mais de 900 corpos na região de Kiev

O regulador russo destacou a conta do Youtube da empresa, dizendo que não excluiu “falsificações sobre o curso da operação militar especial na Ucrânia, desacreditando as forças armadas da Federação Russa”, e que promove visões extremistas e conclama crianças a participar de protestos não autorizados.

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