Rússia lança drones contra Ucrânia pela terceira noite consecutiva no maior ataque aéreo na guerra
Com mais de 350 drones e nove mísseis, a operação teve início na madrugada de sábado para domingo e causou a morte de 12 pessoas

A Rússia atacou a Ucrânia pela terceira noite consecutiva nesta segunda-feira, 26. Trata-se da maior ofensiva aérea russa desde o início da guerra, em fevereiro de 2022. Com mais de 350 drones e nove mísseis, a operação teve início na madrugada de sábado para domingo e causou a morte de 12 pessoas, incluindo três crianças na região de Zhytomyr, disseram autoridades ucranianas à agência de notícias Reuters.
O alerta de ataque aéreo tocou por seis horas em Kiev, segundo Tymur Tkachenko, chefe da administração militar da capital ucraniana. O Serviço de Emergência da Ucrânia informou que drones russos provocaram incêndios e a destruição de residências na região de Odessa. No rastro de devastação, estava um edifício residencial com uma área de 100 metros quadrados. Ataques também foram registrados em Khmelnytskyi, Cherkasy e Kharkiv.
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Críticas de Trump
Ao tratar sobre os ataques, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse neste domingo, 25, que o seu homólogo russo, Vladimir Putin, está “absolutamente louco”. Em publicação na Truth Social, plataforma da qual é dono, o republicano teceu críticas a Putin, de quem se aproximou ao retornar à Casa Branca, e afirmou que as decisões do líder do Kremlin podem levar “à queda da Rússia”.
“Algo aconteceu com ele (Putin). Ele ficou completamente LOUCO!”, escreveu Trump. “Eu sempre disse que ele quer TODA a Ucrânia, não apenas um pedaço dela, e talvez isso esteja se mostrando certo, mas se ele fizer isso, levará à queda da Rússia!”
Em comentários separados, o presidente dos EUA disse a repórteres que não sabe “o que há de errado” com Putin e questionou: “O que diabos aconteceu com ele? Certo? Ele está matando muita gente. Não estou feliz com isso”. Trump também adiantou que cogita aplicar novas sanções a Moscou — um pedido recorrente do presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky.
Em resposta, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, agradeceu Trump pelo apoio nas negociações de paz, mas frisou que “este é um momento muito crucial, que está associado, é claro, à sobrecarga emocional de todos e às reações emocionais”, em crítica velada ao líder americano.