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Rússia destruiu aeroporto civil e planeja bombardear Odessa, diz Zelensky

Presidente da Ucrânia condenou ataque de mísseis a aeroporto de Vinnytsia e falou sobre possível ataque à cidade do Sul, importante acesso ao Mar Negro

Por Redação
6 mar 2022, 13h11

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, afirmou neste domingo, 6, que oito mísseis russos atingiram e destruíram o aeroporto civil de Vinnytsia, uma das maiores cidades da região centro-oeste do país. Segundo o presidente, a ofensiva do presidente da Rússia, Vladimir Putin, sobre o território ucraniano planeja em breve bombardear a cidade de Odessa, um dos principais pontos de acesso de Kiev ao Mar Negro, ao sul.

“Acabei de ser informado sobre o ataque com oito mísseis em Vinnytsia, contra nossa cidade, contra nosso tratado de paz. Vinnytsia nunca ameaçou a Rússia de forma alguma”, disse o presidente da Ucrânia. “O aeroporto foi completamente destruído”, acrescentou.

O chanceler ucraniano, Dmytro Kuleba, publicou em sua conta no Twitter o vídeo de um dos supostos mísseis de cruzeiro russos disparados contra Vinnytsia e reforçou os apelos do país por auxílio ocidental contra os ataques aéreos e balísticos ordenados por Moscou. “Putin continua seus covardes e bárbaros ataques com mísseis, bombardeios aéreos de civis”, escreveu.

Em outro momento de suas declarações, o presidente da Ucrânia apontou para planos de Putin para atacar Odessa, cidade onde vivem cerca de um milhão de pessoas. “Estão se preparando para bombardear Odessa. Será um crime militar. Será um crime histórico”, completou.

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A tomada de Odessa por Vladimir Putin seria um passo decisivo ao controle total do sul ucraniano por Moscou, inviabilizando o acesso do governo de Kiev ao Mar Negro.

Segundo cessar-fogo fracassado

Falhou pela segunda vez o cessar-fogo para retirada de civis em Mariupol, no sudeste da Ucrânia cercada por tropas russas. A informação foi divulgada pela Câmara Municipal da cidade, após uma troca de acusações mútua entre separatistas pró-Rússia e a Guarda Nacional da Ucrânia. Os rivais se culpam entre si pelo não cumprimento do cessar-fogo temporário para o estabelecimento de um corredor humanitário na região. Neste sábado, uma primeira interrupção dos bombardeios e conflitos em Mariupol para a saída de civis também havia sido frustrada.

Tanto a Câmara de Mariupol quanto a agência estatal de notícias russa TASS haviam informado na manhã deste domingo a reabertura de um corredor humanitário para evacuar os civis da cidade. Segundo a Casa legislativa, a retomada da retirada da população ocorreria das 12h às 21h do horário local (entre 7h e 16h no horário de Brasília). Com a cidade sob bombardeio há seis dias, o prefeito local, Vadym Boichenko, diz que Mariupol sofre sem energia e água e os cidadãos não conseguem recuperar familiares mortos.

O conflito bélico entre Rússia e Ucrânia completou 10 dias com um saldo de mais de 1,5 milhão de refugiados, segundo a Organização das Nações Unidas (ONU). Ainda sem um acordo de paz entre os países, ambos acordaram com a criação de um corredor humanitário na quinta-feira, 3, para garantir a segurança dos civis ucranianos que desejam deixar o país. Neste sábado, contudo, a Rússia retomou as ofensivas em Mariupol e Volnovakha, regiões onde foram criados os corredores para evacuação da população.

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