Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Rússia apresenta projeto de resolução sobre Síria no Conselho de Segurança

Por Da Redação
15 dez 2011, 16h45

Nações Unidas, 15 dez (EFE).- A Rússia apresentou nesta quinta-feira no Conselho de Segurança da ONU um projeto de resolução sobre a Síria, com pedidos de reformas políticas no regime do líder Bashar al-Assad e apelos ao fim da violência ‘dos dois lados’ do conflito civil no país, assim como o respeito aos direitos humanos.

‘Achamos que o Conselho de Segurança deve agir’, disse à imprensa o embaixador russo na ONU, Vitaly Churkin, que neste mês exerce a presidência do Conselho. Diplomatas ocidentais assinalaram que o projeto não é suficientemente contundente contra o líder sírio.

Churkin detalhou que o texto apresentado expressa a ‘necessidade urgente de deter a violência, respeitar os direitos humanos e agilizar as reformas no país’, ao tempo que respalda ‘os esforços da Liga Árabe para solver a crise em colaboração com as autoridades sírias’.

‘Precisamos aprovar uma resolução no Conselho que termine com a violência e a crise que atinge a Síria, e ajudar esse país a seguir o caminho das reformas políticas’, indicou o embaixador russo, para quem o papel do órgão deve ser ‘não o de exacerbar o conflito, mas o de apaziguá-lo’.

Nos nove meses de repressão na Síria, o Conselho foi incapaz de aprovar uma resolução de condenação a Damasco pela oposição da Rússia e China, que em outubro passado usaram o poder de veto no órgão para se opor a um texto apresentado pela França, Reino Unido, Alemanha e Portugal, com o apoio dos Estados Unidos.

Continua após a publicidade

O embaixador russo assinalou nesta ocasião que a resposta dos demais membros do Conselho de Segurança foi ‘construtiva’ e destacou seu desejo de obter acordos, uma vontade compartilhada pelos diplomatas ocidentais, que, no entanto, acusaram o projeto de resolução russo de ser ‘totalmente insuficiente’.

Vários representantes dos países europeus do Conselho – os que mais pressionaram nos últimos meses para obter uma resposta do principal órgão de decisão da ONU sobre a situação na Síria – criticaram o texto russo por equiparar as autoridades de Damasco com os manifestantes. Mesmo assim, disseram que é possível usá-lo ‘como base para negociar’.

‘É um projeto de resolução insuficiente. Temos de dizer quem é responsável pela violência, que é o governo sírio. Não podemos pôr no mesmo nível as autoridades e os manifestantes’, indicou à imprensa o embaixador alemão na ONU, Peter Wittig, após a reunião de emergência no Conselho.

O embaixador francês na ONU, Gérard Araud, aplaudiu a iniciativa russa, que classificou como ‘acontecimento extraordinário’, porque mostra que ‘a Rússia decidiu abandonar sua inação’ em relação ao caso da Síria.

Continua após a publicidade

‘A Rússia sentiu nossa pressão e o peso da indignação’, disse Araud, que considerou o projeto de resolução russo ‘desequilibrado’ e disse que o texto precisa de ‘muitas mudanças’. Ainda assim, Araud destacou que a proposta servirá para negociar uma resolução final, um meio de tirar as negociações do impasse no Conselho.

‘Temos de mostrar que a violência veio do regime sírio e que é o regime que matou milhares de manifestantes. Está claro que, após meses de violência, alguns manifestantes devolvem a violência, mas não podemos colocá-los no mesmo nível’, acrescentou o diplomata francês.

O número de mortos pela repressão na Síria segue aumentando, como destacou nesta semana a alta comissária da ONU para os Direitos Humanos, Navi Pillay. Ela disse no Conselho que o conflito já deixou ‘mais de 5 mil mortos, entre eles mais de 300 menores’. EFE

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.