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Roma se prepara para receber o novo papa e Vaticano se blinda

O conclave começa nesta quarta, sob forte esquema de segurança. Capela Sistina terá bloqueio de sinal de celulares e equipe de apoio faz juramento de sigilo

Por Cinthia Rodrigues, de Roma
Atualizado em 6 Maio 2025, 11h32 - Publicado em 6 Maio 2025, 07h07

Um dos aspectos mais rigorosos do conclave de 2025 é o bloqueio total das comunicações externas. Todos os 133 cardeais que votam ficarão isolados, sem acesso a celulares, e com bloqueadores de sinal instalados na Capela Sistina para impedir qualquer vazamento de informação. A partir de amanhã, quarta-feira, 7, todos os sinais de telecomunicação, incluindo os de celulares, serão desativados no Vaticano, com exceção de Castel Gandolfo, a residência de verão papal. O sinal só será restabelecido após o anúncio do novo pontífice.

Leia também: Como será o cronograma do conclave, que começa nesta quarta-feira

O Vaticano informou que os cardeais são convidados a deixar seus aparelhos para trás antes do início do rito. Na tarde de ontem, segunda-feira, 5, realizou-se a 11ª Congregação Geral (reunião) com cerca de 170 participantes, incluindo 132 cardeais que votam (todos os 133 já estão em Roma). O encontro, aberto com uma oração, abordou questões pastorais e eclesiais, como etnicismo, migração e os desafios das guerras atuais. Os cardeais reafirmaram seu compromisso em apoiar o novo papa, destacando a importância de ser um verdadeiro pastor, promovendo o diálogo e construindo relações além dos limites da Igreja Católica. Também mencionaram o desafio representado pela disseminação de seitas em diversas partes do mundo.

“Oficiais e funcionários do conclave, tanto eclesiásticos quanto leigos, prestaram juramento”, informou a Sala de Imprensa da Santa Sé, no início da noite de ontem. São dezenas de funcionários, incluindo cozinheiros, motoristas, médicos e confessores em cerimônia na Capela Paulina. Todos estão proibidos de compartilhar qualquer informação sob pena de excomunhão automática.

A partir desta terça-feira, 6, os cardeais já começam a dormir na Casa Santa Marta, onde permanecerão durante todo o processo de escolha. Amanhã seguirão juntos de ônibus até a Capela Sistina, onde ocorrerá a missa Pro eligendo pontifice e, na sequência, o juramento solene de sigilo. Somente depois disso terá início a primeira votação.

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Do lado de fora dos muros vaticanos, Roma vive uma mobilização especial de forças de segurança. A capital italiana e toda a área da Praça São Pedro estão sob um esquema rígido de vigilância que entrará em vigor a partir da missa de abertura do conclave. O plano, que repete o sistema adotado no funeral do papa Francisco, inclui controle de acesso em dois níveis: pré-filtragem nas imediações e barreiras fixas nas entradas da praça. Ruas como a via della Conciliazione e a piazza del Sant’Uffizio estão monitoradas desde as 7h da manhã de amanhã.

A expectativa de grande público, sobretudo durante as “fumatas” e o anúncio do novo papa, exigiu a aplicação de um modelo de segurança dinâmico e adaptável. Autoridades locais reuniram representantes de todas as forças envolvidas — polícia vaticana, gendarmeria, proteção civil, saúde de emergência e a estrutura de missão do Jubileu — para coordenar a operação, considerada um dos “grandes eventos” do ano na capital.

Com a presença das relíquias do papa Francisco na Basílica de Santa Maria Maggiore, a área registra um aumento de peregrinos, exigindo esforços extras para equilibrar o fluxo de visitantes e a vida urbana local. O calendário do Jubileu, que neste fim de semana inclui o evento das bandas musicais, seguirá em paralelo ao conclave.

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Enquanto a cidade se blinda, o Vaticano se movimenta com discrição. A Capela Sistina passou por inspeções técnicas e foi equipada com todos os recursos para garantir o sigilo da eleição. A escolha será anunciada ao mundo pelo cardeal Dominique Mamberti, francês e atual prefeito do Supremo Tribunal da Assinatura Apostólica, que assumiu o posto de protodiácono do Colégio dos Cardeais. Ele será o responsável por proclamar o tradicional “Habemus papam” da sacada da Basílica de São Pedro.

Até lá, os cardeais viverão dias de reclusão, com alimentação leve e regrada, supervisionada por um nutricionista. Com cardápios simples, sem aspargos, sem excessos e sem álcool forte, o objetivo é garantir equilíbrio físico e mental. A rotina será austera, focada na oração e na deliberação.

A fumaça branca é aguardada a qualquer momento a partir de quarta-feira. Com ela, o mundo conhecerá o novo papa – que assumirá a missão de liderar a Igreja Católica.

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