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Rival de Maduro agradece Lula por apoio a ‘processo eleitoral pacífico’ na Venezuela

Petista confessou ter ficado assustado após líder venezuelano declarar que, se perder as eleições de domingo, 28, haverá um 'banho de sangue'

Por Da Redação
23 jul 2024, 09h16

O candidato presidencial da oposição na Venezuela, Edmundo González Urrutia, agradeceu na noite de segunda-feira 22 o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pelo seu apoio a um “processo eleitoral pacífico”, referindo-se às eleições que ocorrerão no país no domingo, 28.

“Agradecemos as palavras do presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, em apoio a um processo eleitoral pacífico e amplamente respeitado na Venezuela”, disse o ex-embaixador no X, antigo Twitter.

Apesar de desconhecido, o político tornou-se porta-estandarte da Plataforma Unitária Democrática (PUD), a maior coalizão antichavista na Venezuela. Na mesma postagem no X, ele também disse que recebeu “agradavelmente” a notícia de que o brasileiro decidiu enviar seu ex-ministro das Relações Exteriores e atual assessor pessoal de política externa, Celso Amorim, “para observar o processo no próximo domingo”.

“O mundo está nos observando e nos acompanhando”, acrescentou o candidato, que segundo a maioria das pesquisas lidera a intenção de voto por mais de 40 pontos percentuais. Ele terá pela frente nove candidatos, incluindo Nicolás Maduro, que busca ser reeleito para um terceiro mandato.

“Assustado”

Lula disse na segunda-feira estar assustado com uma declaração de Maduro, que falou em “banho de sangue” e “guerra civil” caso perca as eleições presidenciais no domingo, 28. O petista ainda pediu para que o venezuelano respeitasse os resultados eleitorais.

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Os comentários do presidente ocorreram em uma entrevista no Palácio da Alvorada a agências internacionais como Reuters, Bloomberg, France Presse e Associated Press. O governo ainda não divulgou a gravação oficial.

“Fiquei assustado com as declarações de Maduro de que a Venezuela poderia enfrentar derramamento de sangue se ele perdesse”, disse Lula. “Maduro precisa aprender que quando você ganha, você fica; quando você perde, você vai embora”, acrescentou.

O líder brasileiro ainda declarou que vai enviar dois membros do serviço de Justiça Eleitoral e o assessor da Presidência para Assuntos Internacionais, Celso Amorim, para acompanhar se as eleições foram justas e democráticas no país.

“Eu disse a Maduro que a única chance de a Venezuela retornar à normalidade é ter um processo eleitoral amplamente respeitado”, destacou.

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Ameaças constantes

Atualmente, Maduro, que busca o terceiro mandato, compete com mais nove candidatos. Dentre eles, o mais bem posicionado é Edmund González, que aparece com 47 pontos de vantagem em relação ao presidente venezuelano nas últimas pesquisas. A ameaça de Maduro foi feita em um discurso em Caracas na quarta-feira passada, durante o qual ele também alertou para que o país iria presenciar uma “guerra civil fratricida” caso não vencesse o pleito.

“No dia 28 de julho, se não querem que a Venezuela caia num banho de sangue, numa guerra civil fratricida como resultado dos fascistas, garantamos o maior sucesso, a maior vitória na história eleitoral do nosso povo”, disse ele durante a fala na Paróquia La Vega.

Esta não foi a primeira vez que Maduro fez ameaças que envolvem o resultado eleitoral. Durante um comício realizado no estado de Arágua, no norte do país, o presidente também afirmou que o país iria decidir entre “guerra ou paz” nas eleições. Além disso, em outro discurso, o líder venezuelano afirmou que a oposição não só quer uma “fraude eleitoral”, mas também quer provocar “uma tragédia”.

“No dia 28 de julho decide-se guerra ou paz, guarimba (termo para protestos violentos) ou tranquilidade, projeto de pátria ou colônia, democracia ou fascismo. Eles estão prontos? Eles estão preparados? Eu estou preparado. Tenho amor pela Venezuela, tenho a experiência, não tenho medo nem do diabo, Deus vem comigo, Deus conosco, o povo conosco”, declarou na ocasião.

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A corrida eleitoral na Venezuela é marcada por uma repressão política cada vez mais evidente. Desde que ela começou, a oposição tem denunciado prisões e outras medidas antidemocráticas das autoridades. Na última quarta-feira, 17, o chefe de segurança de María Corina Machado foi detido. Principal rosto da oposição, ela foi impedida de concorrer pelo Supremo devido a supostas “violações de fraude”.

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