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Revistas e poucas urnas eletrônicas marcam eleição francesa

Agentes de uma empresa privada contratados especificamente para a votação se encarregam de autorizar ou não a entrada de cada pessoa nos seções eleitorais

Por Gabriel Brust, de Paris
23 abr 2017, 09h43

Na manhã em que 28,5% dos eleitores franceses foram às urnas para o primeiro turno da presidencial, a escola de Ensino Básico Houdon, localizada a poucos metros da célebre Praça Pigalle, em Paris, trocou a alegria habitual das 317 crianças que frequentam as aulas por um hostil aparato de segurança. Para acessar as duas seções eleitorais abrigadas no edifício, é preciso apresentar documento na entrada e passar por revista em bolsas e mochilas.

Agentes de uma empresa privada contratados especificamente para a votação se encarregam de autorizar ou não a entrada de cada pessoa, que em seguida passa pela única porta da escola aberta ao público, garantindo que não haja acesso por nenhuma outra entrada. O gradil diante da calçada, que em tempos normais serve apenas para evitar a travessia de crianças pela rua pouco movimentada, também foi reforçado.

O esquema de segurança, que se repete em maior ou menor grau em todos os 64.000 locais de votação em todo o país, faz parte do esforço para evitar ataques terroristas, mas não afugenta os eleitores. No primeiro balanço da votação divulgado ao meio-dia do horário local pelo Ministério do Interior revela uma ligeira alta no comparecimento, com presença de 28,5% das 47 milhões de pessoas habilitadas a votar – pouco mais que os 28,2% verificados no mesmo horário na eleição de 2012.

O termo de comparação que muitos analistas utilizam para se mostrar otimistas quanto a este número não é a eleição anterior, mas o pleito de 2002, que apresentou abstenção recorde nas urnas.

Nos últimos dias, os principais institutos de pesquisa previram um índice de abstenção potencialmente elevado para a eleição deste domingo, entre 27% e 28%. O índice se aproxima do recorde de 28,4% verificado no pleito de 2002. Por coincidência, esta foi a única vez que um candidato do partido de extrema-direita radical Frente Nacional se qualificou para o segundo, a exemplo do que pode se repetir este ano. Na ocasião, o candidato era Jean-Marie Le Pen, pai de Marine Le Pen.

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Urnas eletrônicas em queda

Apenas 64 dos mais de 35.000 municípios estão utilizando urnas eletrônicas. E a implantação do voto eletrônico não está em alta, pelo contrário: este ano serão 15 cidades a menos do que na eleição de 2007, quando a expansão das urnas eletrônicas foi proibida.

Na eleição daquele ano, após oito dos 12 candidatos pedirem o fim do voto eletrônico, foi determinada uma moratória na expansão do método, considerado pouco confiável e transparente. Os municípios que já haviam adotado o voto através das máquinas, podem continuar. É o caso de Rosny-Sous-Bois, na periferia de Paris.

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