Republicanos nomeiam Steve Scalise como presidente da Câmara dos EUA
Candidatura ainda precisa ser aprovada em plenário; Casa baixa do Congresso não pode operar sem um líder
Os deputados do Partido Republicano nomearam nesta quarta-feira, 11, Steve Scalise como substituto de Kevin McCarthy, destituído na semana passada, para a presidência da Câmara dos Estados Unidos. Scalise, tido como o segundo na hierarquia republicana, ainda precisa ser aprovado em votação do plenário para assumir o cargo.
O partido controla a Câmara por uma estreita maioria, de 221-212, e precisa, portanto, que todos os correligionários apoiem a indicação. Caso dez republicanos votem ao lado dos democratas, que não devem apoiar a candidatura de Scalise, a nomeação cairá por terra. Os legisladores informaram que a votação está prevista para esta tarde.
+ Presidente da Câmara dos EUA é destituído após votação
Scalise, de 58 anos, derrotou o presidente do Comitê Judiciário da Câmara, Jim Jordan, por 113 votos a 99, em uma votação realizada apenas pelos republicanos a portas fechadas. Agora, seu desafio é evitar a repetição da humilhante candidatura de McCarthy, que foi submetido a 15 rodadas de votação até que fosse finalmente eleito.
O fim do vácuo no poder é tido como prioridade pelos legisladores, ávidos por aprovar um pacote de ajuda a Israel. Já o auxílio à Ucrânia, um tópico de discordância entre republicanos, está entre as principais preocupações dos democratas.
Sem um líder definido, a Câmara fica impossibilitada de tomar novas decisões. Scalise destacou que é “muito, muito importante que este Congresso volte ao trabalho”, a pouco mais de um mês antes da data limite para aprovar o orçamento do governo para o novo ano fiscal – 17 de novembro. Sem um acordo, o funcionalismo público será paralisado.
Após o racha com McCarthy, retirado do cargo em 3 de outubro, os americanos demonstram pouca confiança de que os legisladores consigam superar a desarmonia no órgão. Em uma pesquisa realizada pela agência de notícias Reuters, em parceria com a Ipsos, 64% dos entrevistados disseram que os políticos de Washington não saberão priorizar o bem da nação em relação às diferenças partidárias.