Relatório americano sobre OVNIs detalha ‘dificuldade em explicá-los’
Às vésperas de publicação de documento oficial, ex-diretor de Inteligência afirmou que há muito mais casos do que o conhecido pelo público
Militares americanos e satélites registraram um número “muito maior” de avistamentos de objetos voadores não identificados, os OVNIs, do que o divulgado publicamente, afirmou em entrevista o ex-diretor de Inteligência do governo de Donald Trump, John Ratcliffe.
Questionado na última sexta-feira, 19, pela emissora Fox News sobre um futuro relatório do governo a respeito dos “fenômenos aéreos não identificados”, Ratcliffe disse que seriam revelados avistamentos desconhecidos “espalhados por todo o mundo”.
“Há muito mais por aí do que vocês imaginam. (…) Quando falamos sobre avistamentos, estamos falando sobre objetos que foram vistos por pilotos da marinha ou aeronáutica, ou capturados por uma imagem de satélite e que geralmente são difíceis de explicar, uma vez que se movimentam muito rápido em velocidades que excedem a barreira do som sem um estrondo sônico”, disse.
O relatório sobre os OVNIs deve ser publicado no início de junho, de acordo com uma cláusula em um pacote de alívio e gastos da Covid-19 assinado por Trump pouco antes de deixar o cargo.
As falas de Ratcliffe acontecem poucos meses após o Pentágono divulgar três vídeos de “fenômenos aéreos não identificados”, após anos de especulações. Os vídeos, capturados por câmeras da Marinha com sistemas infravermelho, mostram pilotos surpresos com objetos escuros que voam e aceleram no céu.
Em entrevista à revista americana Newsweek em julho do ano passado, Luis Elizondo, ex-chefe do Programa Aerospacial Avançado de Identificação de Ameaças dos EUA, afirmou que há muitos vídeos adicionais que ainda precisam vir a público.
“É um momento histórico quando o governo dos Estados Unidos e múltiplas agências dizem que os vídeos não só snao reais, mas são verdadeiros fenômenos aéreos não identificados”, disse em referência aos vídeos.
Ratcliffe serviu por oito meses como diretor de Inteligência Nacional no final do governo do ex-presidente republicano. O documento será emitido pelo Departamento de Defesa e pelas agências de inteligência. Segundo ele, quando esses fenômenos são identificados, os analistas tentam explicar como um potencial distúrbio climático ou outro espetáculo rotineiro.
“Nós sempre procuramos por uma justifica plausível. Às vezes nos perguntamos se nossos adversários têm tecnologias mais avançadas do que pensamos ou imaginamos. Mas há casos em que não temos uma boa explicação”, disse.
Ao ser perguntado onde esses fenômenos ocorrem, o ex-diretor afirma que “há casos em todo o mundo”.
“Múltiplos sensores capturam essas coisas. São questões inexplicáveis, e há, na verdade, muito mais do que foi mostrado ao público”, concluiu.