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Reino Unido se junta aos EUA em grande operação contra rebeldes hutis no Iêmen

Caças Typhoons da Força Aérea Real, impulsionados por aviões-tanque Voyager, atingiram um conjunto de edifícios 24 quilômetros ao sul da capital, Sanaa

Por Paula Freitas Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 30 abr 2025, 11h22

O Reino Unido aderiu nesta terça-feira, 29, a ataques aéreos dos Estados Unidos contra os rebeldes hutis do Iêmen, na primeira operação militar desde que o Partido Trabalhista ascendeu ao poder, em junho do ano passado. Trata-se também da ação inaugural dos britânicos na grande ofensiva de Washington contra o grupo insurgente no Oriente Médio após o vice-presidente americano, J.D. Vance, fazer críticas duras a nações europeias por dependerem da Casa Branca na área de defesa.

Os caças Typhoons da Força Aérea Real, impulsionados por aviões-tanque Voyager, atingiram um conjunto de edifícios 24 quilômetros ao sul da capital, Sanaa. Segundo o governo britânico, os prédios eram usados ​​pelos hutis para fabricar drones que seriam usados contra navios no Mar Vermelho e no Golfo de Áden. O grupo é apoiado financeiramente pelo Irã.

O secretário de Defesa do Reino Unido, John Healey, afirmou que o ataque é uma retaliação a “uma ameaça persistente dos hutis à liberdade de navegação”.

“Uma queda de 55% no transporte marítimo pelo Mar Vermelho já custou bilhões, alimentando a instabilidade regional e colocando em risco a segurança econômica das famílias no Reino Unido”, disse Healey nas redes sociais.

Não é a primeira vez, no entanto, que os britânicos apoiam os americanos na caçada aos hutis. Entre janeiro e maio de 2024, o Reino Unido participou de cinco rodadas de ataques aéreos no Iêmen, parte da campanha Operação Poseidon Archer (uma força-tarefa para proteger embarcações no Mar Vermelho), encabeçada pelo governo do então presidente Joe Biden. Mas, desde o retorno de Donald Trump à Casa Branca, Londres não havia aderido às investidas contra os rebeldes.

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Em 15 de março, o republicano lançou a Operação Rough Rider, que atingiu 800 alvos e resultou na morte de “centenas de combatentes e vários líderes hutis”, de acordo com o comando central das Forças Armadas dos Estados Unidos. Em contrapartida, houve aumento de vítimas civis. Ao menos 68 pessoas foram mortas quando um centro de detenção que abrigava migrantes africanos foi alvejado em Saada, no noroeste do Iêmen. Outros oitenta civis também morreram em um ataque ao porto de Ras Isa, há quase duas semanas.

+ Hutis acusam EUA de ataque fatal a prisão de imigrantes no Iêmen

Críticas de Vance

No mês passado, o editor-chefe da revista The Atlantic revelou que o Departamento de Defesa dos Estados Unidos tinha um grupo secreto no aplicativo de mensagens Signal, depois dele ter sido adicionado por engano ao bate-papo, no qual discutia-se abertamente planos de guerra contra os hutis. O jornal americano The New York Times definiu o episódio como “uma violação extraordinária da inteligência de segurança nacional americana”, uma vez que, além da inclusão do jornalista, a conversa aconteceu fora dos canais seguros do governo.

Na conversa, Vance contestou o posicionamento do presidente Trump sobre os ataques. De acordo com ele, ampliar a ofensiva não serviria aos Estados Unidos, porque apenas “3% do comércio passa pelo (Canal de) Suez”, importante rota comercial marítima alcançada por meio do Mar Vermelho. Mas, ele continuou, “40% do comércio europeu passa”.

“Não tenho certeza se o presidente está ciente de quão inconsistente isso é com sua mensagem sobre a Europa neste momento. Há um risco adicional de vermos uma alta moderada a severa nos preços do petróleo. Estou disposto a apoiar o consenso da equipe e guardar essas preocupações para mim. Mas há um forte argumento para adiar isso por um mês, trabalhando na mensagem sobre por que isso importa, observando a situação da economia, etc”, afirmou Vance, chamando os países europeus de “patéticos”.

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