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Reino Unido expulsa 23 diplomatas russos após caso de ex-espião

A premiê Theresa May também anunciou que nenhum representante da família real irá à Copa do Mundo

Por EFE
Atualizado em 14 mar 2018, 12h19 - Publicado em 14 mar 2018, 11h47

O Reino Unido anunciou na manhã desta quarta-feira que vai expulsar de seu território 23 diplomatas russos, o maior número nos últimos 30 anos. Para o governo britânico, Moscou não deixou claro porque o ex-espião Serguei Skripal e sua filha Yulia foram envenenados com uma substância química de fabricação russa,

A primeira-ministra, Theresa May, considerou diante do Parlamento que a Rússia reagiu “com um completo desprezo” em relação à “gravidade” do incidente ocorrido no último dia 4, apesar de o Reino Unido ter oferecido uma “oportunidade” e um prazo para que a apuração e as explicações fossem apresentadas.

Para a premiê, o Kremlin reagiu “com sarcasmo e resistência” diante do ocorrido e sua resposta “demonstrou um completo desprezo pela gravidade destes eventos”. May disse ainda que os diplomatas expulsos, identificados como “agentes dos serviços secretos encobertos”, terão uma semana para deixar o país.

Além disso, May pediu ao Conselho Nacional de Segurança, em um encontro realizado nesta manhã, que encontre “medidas imediatas para desmantelar a rede de espionagem russa no Reino Unido” e cancelou o convite feito ao ministro de Relações Exteriores russo, Serguey Lavrov, para visitar o país. Como parte desta bateria de medidas, nenhum representante da família real britânica e nem dignitários irão este verão ao Mundial de Futebol da Rússia.

O anúncio da primeira-ministra ocorre depois que Moscou ignorou o prazo limite fixado pelo Executivo de Londres para que desse explicações, sobre como uma substância química militar de fabricação russa envenenou o ex-agente, de 66 anos, e sua filha, de 33, que seguem em “estado crítico”.

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O porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, afirmou que seu país não tem relação com o envenenamento do ex-espião e sua filha, e que considera inaceitáveis as acusações sem provas. Centenas de agentes e militares seguem trabalhando em Salisbury a fim de investigar os fatos e identificar os responsáveis do ataque.

Trinta e seis pessoas, além do ex-agente e de sua filha, foram atendidas até agora por serviços médicos por possível exposição á substância química, todos eles sem sintomas aparentes, exceto o policial Nick Bailey, que continua em estado grave.

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