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Reino Unido e UE anunciam acordo histórico que reduz barreiras impostas pelo Brexit

Pacto é firmado em meio ao tarifaço de Trump e à mudança do compromisso americano com a segurança da Europa

Por Paula Freitas Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 19 Maio 2025, 10h16

O Reino Unido e a União Europeia (UE) fecharam nesta segunda-feira, 19, um acordo que amplia a cooperação no setor de Defesa e quebra obstáculos comerciais impostos pelo Brexit, quando os britânicos saíram do bloco europeu há cinco anos. O pacto ocorre em meio ao tarifaço anunciado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em abril — a UE foi alvo de impostos de 20%, enquanto o Reino Unido reduziu as taxas de 25% para 10% após negociações — e à mudança do compromisso americano com a segurança da Europa.

Nick Thomas-Symonds, ministro britânico da Constituição e das Relações com a União Europeia, anunciou o acordo no X, antigo Twitter, e disse que trata-se de um “dia histórico”. Ele afirmou que a parceria foi firmada “após meses de negociações” e que é boa para “empregos”, “contas”, “fronteiras e mais”, acrescentando: “A Grã-Bretanha (está) de volta ao cenário mundial, com um Governo a serviço dos trabalhadores”, em referência à administração do primeiro-ministro Keir Starmer, do Partido Trabalhista.

Apesar do otimismo do ministro, a mesa de negociações foi tensa e envolveu assuntos delicados. Entre eles, está a permissão para prorrogação do direito de traineiras europeias pescarem em águas do Reino Unido, em troca da redução de barreiras comerciais à entrada de produtos alimentícios britânicos ao mercado único da UE. O sinal verde foi estendido para até 30 de junho de 2038, revelou um diplomata europeu que falou sob condição de anonimato ao jornal americano The New York Times.

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Cooperação em Defesa

A União Europeia também ansiava por um tratado de defesa com o Reino Unido, uma das principais potências militares do continente, mas a ideia foi rejeitada veementemente pelo ex-primeiro-ministro Boris Johnson, que negociou o Brexit, cujo o polêmico referendo teve palco há nove anos. O desejo tornou-se ainda mais forte devido à guerra na Ucrânia, iniciada em fevereiro de 2022, e à mudança de postura dos EUA.

Em março, uma troca de mensagens revelada pela revista The Atlantic apontou para uma relação fragilizada entre o governo americano e os países europeus, chamados pelo vice-presidente dos EUA, J.D. Vance, de “patéticos”. A conversa foi obtida após o editor-chefe da The Atlantic, Jeffrey Goldberg, ter sido adicionado por engano a um grupo secreto com autoridades americanas, no qual discutia-se abertamente planos de guerra contra os rebeldes hutis do Iêmen.

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