Black Friday: Revista em casa a partir de 8,90/semana
Continua após publicidade

Rei da Suazilândia altera nome de seu país 50 anos após independência

Rei Mswati III governa por decreto a nação que é considerada por muitos a última monarquia absoluta da África

Por Da redação
Atualizado em 19 abr 2018, 18h25 - Publicado em 19 abr 2018, 18h25

O rei Mswati III da Suazilândia surpreendeu sua própria população ao anunciar na quarta-feira (18) que decidiu renomear o país para Reino de eSwatini (com o “e” minúsculo antes do “s” maiúsculo, conforme normas ortográficas da língua suazi local). O monarca já utilizava essa nomenclatura há alguns anos, mas agora decidiu oficializar a alteração.

A mudança foi anunciada durante a celebração dos 50 anos de independência da nação. A cerimônia também marcou o aniversário de 50 anos do rei.

“Países africanos reverteram a seus nomes pré-coloniais ao conquistaram sua independência”, afirmou Mswati III durante o evento em um estádio na cidade de Manzini, a segunda maior do país. “Então a partir de agora o país será oficialmente conhecido como Reino de eSwatini”.

O nome significa “lugar dos suazis” e é a tradução de Suazilândia na língua suazi. A antiga nomenclatura irritava alguns cidadãos, uma vez que é uma mistura de suazi e inglês.

A minúscula nação na África Austral ganhou a independência total em 1968, após domínio britânico desde o início dos anos 1900. Mas, ao contrário de outras nações, não havia modificado seu nome ainda.

Continua após a publicidade

Mswati III já usava o nome eSwatini para seu reino em discursos oficiais. O monarca utilizou o novo nome quando se dirigiu à Assembleia-geral da ONU em 2017 e durante a sessão de abertura do Parlamento suazi em 2014.

Monarquia absoluta

O rei, coroado em 1986 aos 18 anos, governa por decreto o país, que é considerado por muitos a última monarquia absoluta da África.

[googlemaps https://www.google.com/maps/d/embed?mid=1v4tG946Xf0G2dWK8TWSzNfH1xnO8yw4E&w=100%&h=480%5D

Continua após a publicidade

Desde 1973, a participação de partidos políticos nas eleições é proibida, embora eles ainda possam existir. Para concorrer a cargos públicos, os candidatos devem ser independentes e, se eleitos, devem ser aprovados pelo rei antes de tomarem posse como membros do Parlamento.

O país, que tem uma população de cerca de 1,3 milhão de pessoas, tem a maior taxa de HIV do mundo, com 27% dos adultos infectados.

A alteração no nome da nação pode significar que a Constituição do país deverá ser reescrita e também implicar em mudanças para a Polícia Real da Suazilândia, a Força de Defesa da Suazilândia e a Universidade da Suazilândia.

Continua após a publicidade

Outras mudanças de nome

A República Tcheca registrou o nome Tchéquia em 2016, em uma tentativa de facilitar e encurtar a nomenclatura do país. O novo nome, contudo, não parece ter conquistado muitas pessoas no país ou mundo afora. Ainda assim, as Nações Unidas registraram a mudança em seus bancos de dados e o governo tcheco encoraja outras nações a usá-la.

A Macedônia também enfrenta polêmicas sobre seu nome. O país teve de se registrar na ONU como Antiga República Iugoslava da Macedônia (FYROM, na sigla em inglês), após pressão da Grécia.

O governo grego argumenta que o nome constitucional República da Macedônia refere-se a uma região dentro de seu território e que seu uso poderia suscitar reclamações territoriais consideradas inaceitáveis.

A maioria das organizações internacionais adotou a mesma convenção de nome da ONU, inclusive a OTAN, o FMI e o COI. Porém, um número crescente de países tem abandonado a referência nos últimos anos.

(Com AFP)

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Semana Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

BLACK
FRIDAY

MELHOR
OFERTA

Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

Apenas 5,99/mês*

ou
BLACK
FRIDAY
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (a partir de R$ 8,90 por revista)

a partir de 35,60/mês

ou

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.