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Rebeldes incendeiam túmulo de pai de Bashar al-Assad, na Síria

Combatentes armados aparecem em vídeo entoando cânticos enquanto destroem túmulo, simbolizando o fim de 54 anos de domínio da família Assad sobre o país

Por Da Redação
11 dez 2024, 15h16

Rebeldes sírios incendiaram nesta quarta-feira, 11, o mausoléu de Hafez al-Assad, ex-presidente da Síria e pai de Bashar al-Assad, na cidade natal da família, Qardaha. Em vídeos divulgados nas redes sociais, combatentes armados do grupo Hayat Tahrir al-Sham (HTS) aparecem entoando cânticos enquanto destroem o túmulo, simbolizando o fim de 54 anos de domínio da família Assad sobre o país.

O ataque ocorreu em meio às comemorações pelo colapso do regime Assad. Liderados pelo grupo islâmico Hayat Tahrir al-Sham (HTS), os rebeldes conduziram uma ofensiva que resultou na queda do governo de 54 anos da dinastia Assad e na tomada de Damasco. Bashar al-Assad fugiu para a Rússia, onde ele e sua família receberam asilo.

Embora o colapso do regime Assad tenha trazido alívio para muitos, há temores entre os alauítas, minoria religiosa que representa cerca de 10% da população síria e tradicionalmente apoiava a família Assad. Com raízes na província de Latakia, eles agora temem represálias dos rebeldes vitoriosos.

Líderes do HTS e do Exército Livre da Síria se reuniram com anciãos de Qardaha nesta semana e firmaram um documento que reafirma o compromisso com a diversidade cultural e religiosa da Síria. O HTS anunciou a formação de um governo de transição liderado por Mohammed al-Bashir, que ocupará o cargo até março de 2025.

O enviado da ONU para a Síria elogiou as mensagens de inclusão, mas pediu que essas promessas se traduzam em ações concretas. Já os Estados Unidos declararam que apoiarão um governo sírio futuro, desde que seja inclusivo, respeite os direitos das minorias e resulte de um processo democrático legítimo.

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Regime de 54 Anos

Hafez al-Assad governou a Síria com punho de ferro de 1971 até sua morte, em 2000, quando transferiu o poder para seu filho. Sob Bashar, o país enfrentou uma revolta popular em 2011, brutalmente reprimida, o que desencadeou uma guerra civil devastadora. O conflito deixou mais de 500 mil mortos e deslocou 12 milhões de pessoas, configurando uma das maiores crises humanitárias da história recente.

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