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Quem foi o último papa a adotar o nome de Leão

Leão XIII tornou-se o primeiro pontífice registrado em filme em 1896

Por Alessandro Giannini Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 8 Maio 2025, 15h46 - Publicado em 8 Maio 2025, 14h52

O último papa a adotar o nome de Leão, o 13º, foi Vincenzo Gioacchino Raffaele Luigi Pecci, que se destacou como um dos pontífices mais influentes da história católica moderna. Servindo de 1878 até sua morte em 1903, o papa italiano guiou a Igreja por um período crucial de transformação social e política, ao mesmo tempo em que estabeleceu estruturas que continuam a moldar o pensamento católico hoje.

O pontificado de 25 anos de Leão XIII — o segundo mais longo na época — uniu os séculos XIX e XX durante um período de mudanças industriais e sociais sem precedentes. Tomando posse aos 68 anos, ele liderou até sua morte, aos 93, tornando-se o primeiro papa registrado em filme em 1896.

O legado mais duradouro de Leão XIII continua sendo sua encíclica “Rerum Novarum” (Das Coisas Novas), de 1891, o documento fundamental da Doutrina Social Católica moderna. O texto histórico abordou os desafios da industrialização, articulando um caminho intermediário entre o capitalismo desenfreado e o socialismo.

“A distribuição igualitária das coisas criadas e o direito de todos os homens de usá-las é uma doutrina proclamada pela Igreja”, escreveu o pontífice, estabelecendo princípios para os direitos dos trabalhadores, salários justos e participação sindical que permanecem centrais para o pensamento econômico católico.

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Engajamento Diplomático

Rompendo com o isolamento de seu antecessor, após a perda de territórios papais, Leão XIII reabriu cautelosamente os canais diplomáticos com as potências europeias. Seu pontificado estabeleceu relações com a Alemanha, Rússia e França, demonstrando um engajamento pragmático com o mundo secular.

O papa erudito reviveu a filosofia tomista como a pedra angular intelectual da educação católica, ao mesmo tempo em que abraçava o avanço científico. Em um movimento sem precedentes, ele abriu os Arquivos do Vaticano para pesquisadores, incentivando o estudo histórico e o rigor acadêmico.

“Desprezar a autoridade legítima, seja qual for a sua titularidade, é ilegal; é rebelião contra a vontade de Deus”, afirmou Leão XIII, equilibrando a tradição com uma modernização cautelosa.

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Visão Global

Olhando para além da Europa, Leão XIII expandiu a presença missionária da Igreja na África e na Ásia, estabelecendo novas hierarquias episcopais e enfatizando a natureza universal do catolicismo.

Apesar das críticas dos conservadores que consideravam sua abordagem muito adaptada à modernidade, o pontificado de Leão XIII estabeleceu estruturas para o engajamento católico com questões sociais que continuam a influenciar o ensinamento da Igreja mais de um século após sua morte.

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