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Quem é a freira que quebrou protocolo ao se aproximar do caixão do papa

Parte do grupo 'Irmãzinhas de Jesus', a francesa Geneviève Jeanningros, 81 anos, comanda projeto de acolhimento a minorias

Por Amanda Péchy SEGUIR SEGUINDO 24 abr 2025, 08h50 • Atualizado em 24 abr 2025, 09h27

Os guardas respeitaram a quebra de protocolo da freira Geneviève Jeanningros, 81, que se aproximou do caixão de papa Francisco para se despedir em lágrimas. - (X/Reprodução)

Amiga do papa Francisco, a freira francesa Geneviève Jeanningros, de 81 anos, quebrou o protocolo na quarta-feira 23 e se aproximou do caixão do pontífice na Basílica de São Pedro. A irmã foi levada pelos seguranças ao cordão de proteção, onde permaneceu alguns minutos, se despedindo em lágrimas.

Parte da fraternidade Irmãzinhas de Jesus, ela comanda um projeto que acolhe minorias sociais em Roma. A religiosa mora em um trailer na periferia da capital italiana e já chegou a levar pessoas a quem atende a audiências com Francisco no Vaticano. Por exemplo, convidou familiares de um médico americano morto pela pandemia de Covid-19 a Roma para se encontrar com o papa, após ele ter tido o funeral católico recusado por ser gay.

“A religiosa conheceu o papa há algum tempo; ela escreveu para ele logo depois da eleição, relembrando a história de uma tia missionária na Argentina que desapareceu durante a ‘Guerra Suja'”, conta o Vatican News, portal de notícias oficial do Vaticano. “A correspondência nunca parou e Francisco, em uma audiência com artistas de rua, chegou a desejar a ela um feliz aniversário”.

Em junho de 2024, Geneviève encontrou-se com o papa Francisco na Audiência Geral, junto com um grupo formado por homossexuais, transexuais, um casal de catequistas e uma jovem engajada na Pastoral Carcerária, uma ação da Igreja Católica que busca promover a dignidade humana e os direitos humanos nas prisões, além de evangelizar os presos e seus familiares.

Na época, a freira afirmou que não conhecia os membros do grupo, mas que sequer pensou em se informar sobre sua orientação sexual.

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“O que importa para a irmã Geneviève é ‘ir aonde a Igreja tem mais dificuldade de ir’, conforme desejava Charles de Foucauld, de quem as Irmãzinhas de Jesus herdaram o carisma”, escreveu o Vatican News sobre o encontro.

Na quarta-feira 23, quando o corpo de Francisco era velado por autoridades e fieis na Basílica de São Pedro, ela foi auxiliada por um segurança e levada para o cordão de proteção, onde permaneceu alguns minutos. Nas imagens do momento, é possível ver que levava a mão ao rosto ocasionalmente e chorava a morte do amigo.