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Rússia responderá ‘imediatamente’ se EUA instalarem mísseis na Europa

Presidente russo afirmou que testes de novos armamentos já estão completos após fim de pacto nuclear com americanos

Por Da redação
Atualizado em 20 fev 2019, 15h29 - Publicado em 20 fev 2019, 09h42

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, advertiu nesta quarta-feira, 20, que se os Estados Unidos instalarem mísseis de médio e curto alcance na Europa, Moscou responderá “imediatamente” apontando seu armamento não só aos países europeus, mas também aos centros “de tomada de decisões”.

Putin fez esta afirmação em alusão à recente saída unilateral de Washington do Tratado de Forças Nucleares de Alcance Intermediário (INF).

Em seu discurso anual sobre o estado da nação diante do Parlamento russo, o governante disse ainda que os testes de novos mísseis e drones com capacidade nuclear estão completos e que as armas já estão prontas para fazer parte do arsenal do país.

Putin afirmou que a Rússia não está buscando uma confrontação e não dará o primeiro passo para instalar os mísseis em resposta à retirada dos Estados Unidos do pacto, mas deixou claro que a reação de Moscou a qualquer movimento de Washington será firme e que as autoridades americanas devem calcular os riscos antes de tomarem tais medidas.

A Rússia suspendeu o INF no início de fevereiro, depois que os Estados Unidos anunciaram que iriam se retirar do acordo em seis meses. Os Estados Unidos acusam Moscou de violar o pacto, mas os russos negam as alegações.

Pacto

O tratado de 1987 eliminou os arsenais de mísseis de médio alcance das duas maiores potências nucleares do mundo, mas deixa outros países livres para produzi-los e implantá-los.

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No coração da disputa recente sobre o pacto está a recusa da Rússia em destruir o míssil Novator 9M729. Moscou insiste que ele é totalmente compatível com o tratado, mas os americanos afirmam que o armamento viola os termos do pacto.

Moscou já afirmou estar disposta a considerar novas propostas dos Estados Unidos para substituir o pacto por um novo tratado mais amplo e que inclua mais países.

O presidente americano Donald Trump também se mostrou disposto a negociar, mas não apresentou nenhuma proposta concreta até agora.

Segundo estimativas feitas pela Federação de Cientistas Americanos (FAS), os Estados Unidos possuem atualmente 6.550 ogivas nucleares, das quais 1.350 estão posicionadas em locais estratégicos, e a Rússia 6.850 ogivas, entre elas 1.444 posicionadas.

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Decrescimento demográfico

Em seu discurso no Parlamento, Putin prometeu uma série de ajudas às famílias para conter o decrescimento demográfico, como ficou demonstrado no relatório anual sobre o estado da nação divulgado diante do Parlamento.

“Mais crianças, menos impostos”, resumiu o chefe do Kremlin sobre o princípio que deve reger o apoio às famílias.

Putin insistiu sobre a necessidade de aumentar os ingressos das famílias mediante a concessão de benefícios tributários, como a diminuição dos impostos que taxam os bens imobiliários.

O presidente admitiu que a população do país está diminuindo, situação à qual as autoridades não podem ficar paradas.

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“Já superamos tendências demográficas negativas no início dos anos 2000. Estou convencido que somos capazes de voltar a fazer isso, de conseguir retomar o crescimento natural da população para 2023-2024”, disse o presidente russo.

Putin ressaltou ainda que “o nascimento de crianças não deve ser percebido pelo povo como uma causa de queda do nível de bem-estar das famílias”.

(Com Reuters e EFE)

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