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Putin impõe condições da Rússia para ‘paz negociada’ com Ucrânia

Em resposta, Mykhailo Podolyak, conselheiro do presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, disse se tratar de uma "farsa completa"

Por Da Redação
Atualizado em 14 jun 2024, 15h03 - Publicado em 14 jun 2024, 09h34

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, afirmou nesta sexta-feira, 14, que está pronto para negociar o fim da guerra na Ucrânia e um acordo de paz, desde que Kiev retire suas tropas das quatro regiões do país anexadas por Moscou e abandone qualquer possibilidade de entrar na Otan, a principal aliança militar ocidental.

“Novas realidades territoriais devem ser reconhecidas”, disse Putin num discurso a autoridades de política externa. “Todas essas condições principais básicas devem ser estabelecidas por meio de acordos internacionais fundamentais. Naturalmente, isso envolve o cancelamento de todas as sanções ocidentais contra a Rússia.”

A fala acontece poucas horas depois de Kiev receber um novo pacote de ajuda ocidental, incluindo 50 bilhões de dólares financiados com juros provenientes de bens russos congelados no exterior, e um plano de apoio continuado, com prazo de dez anos, com os EUA.

Sob as condições apresentadas por Putin, a Rússia tomaria controle total de Donetsk, Kherson, Luhansk e Zaporizhzhia, anexadas ao território russo depois de referendos locais. Os resultados tiveram suspeitas taxas de aprovação na casa dos 95%, e a comunidade internacional rejeitou a legitimidade das votações. Posteriormente, as regiões foram nomeadas como constituintes da Federação Russa via decreto.

Os combates intensificaram-se nas quatro regiões nos últimos meses, com as forças russas tomando lentamente a iniciativa no campo de batalha após a fracassada contraofensiva da Ucrânia no ano passado.

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As exigências do presidente russo representam as condições mais específicas para um possível fim da guerra desde que ordenou a invasão em grande escala à Ucrânia, em fevereiro de 2022.

“Hoje estamos fazendo outra oferta de paz específica e real. Se Kiev e as capitais ocidentais recusarem como fizeram antes, então esse é o problema deles no fim do dia — a sua responsabilidade política e moral pelo contínuo derramamento de sangue”, disse. “Obviamente, as condições no terreno continuarão a mudar, não a favor do regime de Kiev, e as condições para iniciar negociações serão diferentes.”

Em resposta, Mykhailo Podolyak, conselheiro do presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, disse se tratar de uma “farsa completa”.

“Não há novas ‘propostas de paz’ ​​da Rússia. A entidade Putin expressou apenas o ‘conjunto padrão do agressor’, que já foi ouvido muitas vezes. O seu conteúdo é bastante específico, altamente ofensivo ao direito internacional e fala de forma absolutamente eloquente sobre a incapacidade da atual liderança russa para avaliar concretamente as realidades”, disse.

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