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Putin e presidente cubano se reúnem em Moscou para homenagem a Fidel

Durante encontro amplamente simbólico, ambos prometeram aprofundar amizade entre as nações atingidas duramente por sanções ocidentais

Por Da Redação
22 nov 2022, 20h57

Em meio a um isolamento diplomático capitaneado pelo Ocidente, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, recebeu em Moscou nesta terça-feira, 22, o presidente cubano, Miguel Díaz-Canel, para a inauguração de um monumento em homenagem ao líder cubano Fidel Castro. Durante o encontro, amplamente simbólico, ambos prometeram aprofundar a amizade entre as nações atingidas duramente por sanções ocidentais.

“O presidente @DiazCanelB e o presidente russo Vladimir Putin homenageiam o Comandante Fidel Castro Ruz, no monumento dedicado à sua memória”, escreveu a conta oficial da Presidência de Cuba no Twitter. 

https://twitter.com/DiazCanelB/status/1595113321950502912/photo/2

Em um vídeo publicado no site do Kremlin, Putin e Díaz-Canel fizeram discursos enquanto guardas militares russos cercavam a estátua de bronze, colocada em um praça da capital russa. 

“É uma verdadeira obra de arte – dinâmica, em movimento, avançando. Cria a imagem de um lutador”, disse Putin. 

Já Díaz-Canel afirmou que a estátua “reflete a personalidade de Fidel na luta, como nos encontramos hoje na luta”. Pouco depois, em suas redes sociais, o presidente cubano disse que “jamais esqueceremos a mão estendida da Rússia toda vez que precisamos”.

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https://twitter.com/PresidenciaCuba/status/1595039443387293697

A estátua de Fidel em Moscou é um forte contraponto às decisões tomadas em solo cubano. O líder cubano, que assumiu o Estado em 1959, depois de tirar o ditador Fulgencio Batista do poder, não é homenageado com estátuas em sua terra natal porque seu irmão Raul, que também comandou o país, disse querer evitar um culto à personalidade depois da morte de Fidel, em 2016. 

No entanto, Putin evocou a estátua em sua memória ao dizer a Díaz-Canel que os dois países precisavam construir sobre a “base sólida de amizade” estabelecida entre Castro e os líderes soviéticos. 

Fidel Castro, que morreu aos 90 anos em 2016, desafiou um embargo incapacitante dos Estados Unidos e dezenas de planos de assassinato durante seu meio século de governo na ilha. O bloqueio americano acontece desde 1962, quando o cubano  liderou uma revolução comunista, muito inspirada nos movimentos da União Soviética.

Conectando a sua história, Putin elogiou Cuba por defender sua soberania, traçando paralelos com as sanções ocidentais impostas à Rússia em conexão com sua campanha militar na Ucrânia.

“A União Soviética e a Rússia sempre apoiaram e continuam até hoje a apoiar o povo cubano em sua luta pela independência e soberania. Sempre nos posicionamos contra qualquer tipo de restrição, embargo, bloqueio e assim por diante. Sempre apoiamos Cuba no cenário internacional e vemos que Cuba assume a mesma posição em relação à Rússia”, disse Putin.

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+ Cuba abre as portas para investimento estrangeiro após 60 anos

Em agosto deste ano, para tentar driblar a crise econômica mais grave em décadas, Cuba anunciou que permitirá a entrada de investidor estrangeiros em seu comércio atacadista e varejista pela primeira vez em 60 anos. A medida derruba uma política de Fidel da década de 1960 de nacionalizar o varejo.

Agora, a nova lei de investimento estrangeiro reconhece que o governo centralizado do país não pode resolver sua escassez de bens essenciais sem financiamento do exterior.

De acordo com a nova política, serão priorizados os negócios com sede em Cuba há vários anos. Autoridades do governo disseram que empresas que vendem tecnologias e equipamentos de energia verde, e possam aumentar a produção doméstica, serão priorizadas.

O governo também acrescentou que, a princípio, não haverá concorrência de mercado.

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