Putin e Maduro firmam acordo de parceria estratégica durante reunião em Moscou
Líderes se comprometeram a impulsionar iniciativas conjuntas no contexto da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+)

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, e o seu homólogo venezuelano, Nicolás Maduro, firmaram nesta quarta-feira, 7, um acordo de parceria estratégica durante reunião em Moscou, para onde vários líderes se deslocaram a fim de comparecer às celebrações do Dia da Vitória, que comemora o triunfo da União Soviética sobre a Alemanha nazista na II Guerra Mundial. No acordo, ambos líderes, que buscam driblar as sanções impostas aos seus países, se comprometeram a impulsionar iniciativas conjuntas no contexto da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+).
“As partes promoverão o desenvolvimento equilibrado e estável de longo prazo dos mercados globais de energia sem o uso de instrumentos de concorrência desleal”, disse o texto.
Pouco antes da assinatura, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, definiu a iniciativa como um “documento-quadro pesado, substancial e muito importante”. A guerra na Ucrânia, iniciada em fevereiro de 2022, minou as relações russas com países ocidentais, o que levou Moscou a buscar fortalecer relações com aliados, como China e Venezuela, para combater o “Ocidente coletivo”, incluindo os Estados Unidos.
China, Rússia e Venezuela
No ano passado, a Rússia apelou para que oposição venezuelana “aceite sua derrota” nas contestadas eleições presidenciais e felicitasse Maduro pela reeleição. Enquanto isso, outro relevante ponto de apoio à ditadura no país caribenho, a China de Xi Jinping enviou uma mensagens de felicitações a presidente bolivariano.
O presidente da China, Xi Jinping, também iniciou nesta quarta-feira uma visita de Estado de quatro dias na Rússia, que incluirá os desfiles do Dia da Vitória, que celebra a derrota da Alemanha Nazista pela União Soviética e seus aliados em 9 de maio de 1945. No mês passado, Putin disse que Xi seria o seu “principal evento” para o evento, que acontecerá em um período de cessar-fogo na guerra na Ucrânia caso Kiev aceite o acordo – o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, não deu seu OK.
Em um artigo publicado na mídia estatal russa às vésperas da viagem, o líder chinês afirmou que ambos os países devem “se opor resolutamente a todas as formas de hegemonismo e política de poder” e “resistir a qualquer tentativa de interferir ou minar” a sua “amizade duradoura”, em referência à parceria na II Guerra Mundial (1939-1945). Ele também citou a existência de uma “forte camaradagem entre nossas duas nações, forjada em sangue e sacrifício” e que “cresce incessantemente”.