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Putin e Kim assinam pacto de defesa mútua após críticas ao Ocidente

Ditador norte-coreano descreveu acordo abrangente como 'pacífico e defensivo', com cooperação na área da saúde, educação médica e ciência

Por Da Redação
Atualizado em 19 jun 2024, 08h40 - Publicado em 19 jun 2024, 08h31

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, e o ditador norte-coreano Kim Jong-un assinaram um pacto abrangente entre os dois países nesta quarta-feira, 19, durante visita do chefe do Kremlin a Pyongyang. Após anúncios conjuntos contendo críticas aos Estados Unidos e seus aliados, Kim descreveu o acordo como “pacífico e defensivo”. Já o russo disse que o texto prevê “a prestação de assistência mútua em caso de agressão” de terceiros.

“O acordo de parceria abrangente assinado hoje prevê, entre outras coisas, assistência mútua em caso de agressão contra uma das partes deste acordo”, disse Putin, que faz a sua primeira visita à Coreia do Norte em 24 anos.

O site do Kremlin indica que o acordo também inclui “cooperação na área da saúde, educação médica e ciência”. Putin disse que a Coreia do Norte tem o direito de se defender e que “a Federação Russa não exclui a cooperação técnico-militar com a República Popular Democrática da Coreia (nome oficial do país), de acordo com o documento hoje assinado”.

Em coletiva de imprensa após as negociações, Putin afirmou que a dupla discutiu muito os assuntos internacional e a agenda global, e que Moscou e Pyongyang permanecem uma frente unida contra os regimes de sanções de outros países. Segundo ele, os bloqueios econômicos que ambas as nações sofrem – a Coreia do Norte por investir em armas nucleares e a Rússia devido à guerra na Ucrânia – seriam “politicamente motivados”.

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Kim descreveu Putin como “o amigo mais querido do povo coreano” e disse que está “ao lado dos camaradas russos – os nossos mais honestos amigos e camaradas”.

Aliados explosivos

A Rússia tem se esforçado para alardear o renascimento da sua relação com a Coreia do Norte desde o início da guerra na Ucrânia, que desencadeou a maior crise em mais de 60 anos nas relações entre Moscou e o Ocidente. A iniciativa reaviva uma parceria característica da Guerra Fria.

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Para Putin, que afirma que a Rússia está envolvida numa batalha existencial contra seus inimigos, cortejar Kim significa provocar Washington e os seus aliados asiáticos, o Japão e a Coreia do Sul, ao mesmo tempo que garante o fornecimento de artilharia para a guerra na Ucrânia.

Analistas avaliam que o chefe do Kremlin está à procura de munições, trabalhadores da construção civil e até voluntários para lutarem nas linhas da frente. Em troca, Pyongyang poderia obter produtos russos, bem como ajuda tecnológica para objetivos militares, incluindo o seu programa de mísseis de longo alcance, que pode trazer os Estados Unidos para dentro do alcance de seus ataques.

Os Estados Unidos e os seus aliados acusam a Coreia do Norte de enviar armas à Rússia para ajudá-la a combater o exército da Ucrânia, embora Pyongyang tenha negado repetidamente as alegações, taxando-as de ficção inventada por propagandistas ocidentais.

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