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Putin acha normal um presidente se perpetuar no poder

Se vencer as eleições desse domingo, premiê pode ficar mais 12 anos no poder

Por Da Redação
2 mar 2012, 12h39

Às vésperas das eleições presidenciais da Rússia, que ocorrem neste domingo, o atual primeiro-ministro e candidato cotado para vencer o páreo, Vladimir Putin, disse para editores dos principais jornais locais que não vê nenhum problema em um chefe de estado exercer o poder por tempo prolongado. “É normal, se tudo está correndo bem, se as pessoas estão satisfeitas”, declarou ele, que fez seu pupilo e atual presidente Dimitri Medvedev aprovar uma lei que estende de quatro para seis anos o tempo de mandato no país.

Apesar de todas as artimanhas arquitetadas por ele para se perpetuar no poder, Putin disse que ainda não decidiu se deseja tentar uma reeleição depois de 2018 – quando termina o novo mandato presidencial que espera exercer. Mas ele não economizou declarações dando como certa sua vitória neste pleito e menosprezando a oposição por seu “discurso vazio”. “As pessoas da oposição… não ofereceram nenhuma opção interessante, consistente e inovadora para desenvolver o país”, criticou.

Quando perguntado a respeito dos protestos que tomaram as ruas das principais cidades nos últimos três meses, o candidato foi categórico: “Estou muito contente com essa situação, pois isto significa que as autoridades têm que reagir ao que está acontecendo no país, aos sentimentos das pessoas, e corresponder às expectativas”. Na ocasião, dezenas de milhares de pessoas se revoltaram contra fraudes denunciadas por observadores internacionais nas eleições parlamentares e contra o monopólio de Putin no poder.

População – Os protestos, aliás, podem continuar na próxima segunda-feira, um dia após as eleições presidenciais. Putin reagiu considerando que esses movimentos representam “uma ótima experiência para a Rússia” e são direcionados mais para o seu partido (Rússia Unida) do que para ele pessoalmente. “Você fala que a população urbana está contra mim. Eles não estão”, declarou Putin a um dos editores, que havia dito que as pesquisas de intenção de voto indicavam que a classe média urbana rejeitava Putin.

O grupo Golos (Voz ou Voto em português) planejava mandar informes por mensagens de texto dos resultados das zonas eleitorais em tempo real durante às eleições deste domingo como forma de evitar falsificações. Putin qualificou o grupo como parte dos esforços ocidentais de intervir na política russa, e promotores russos advertiram nesta sexta-feira de que a contagem paralela de votos é ilegal.

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(Com agência France-Presse)

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