O general Martin Dempsey, nomeado por Barack Obama como próximo chefe militar do Exército dos Estados Unidos, disse nesta terça-feira que cortes maiores nos gastos de Defesa representariam um “risco muito alto” para o país.
Obama propôs um corte de gastos de 400 bilhões de dólares na Defesa para os próximos 12 anos. Alguns legisladores do Partido Democrata planejaram cortes duas vezes maiores, no momento em que os Estados Unidos enfrentam uma inflada dívida.
Em sua audiência de confirmação nesta terça-feira no Senado como chefe do Estado-Maior Conjunto, Dempsey se comprometeu a “adaptar as forças militares dos Estados Unidos a uma nova realidade fiscal”, garantindo ao mesmo tempo que o país “continue sendo imune à coerção”.
Mas pressionado pelas propostas de cortes profundos, Dempsey manifestou preocupação.
“Partindo da dificuldade em obter o corte de 400 bilhões de dólares, creio que cortar 800 bilhões seria extraordinariamente difícil e de muito alto risco”, disse Dempsey ao comitê de Serviços Armados do Senado.
O militar respondeu assim às preocupações do senador John McCain, candidato republicano à Presidência em 2008 e ferrenho defensor dos militares.
O orçamento de Defesa proposto para 2012 é de cerca de 671 bilhões de dólares, incluindo 118 bilhões para os conflitos no Iraque e no Afeganistão.