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Produtor de Hollywood condenado por estupro, Harvey Weinstein enfrenta novo julgamento

Ele foi sentenciado a 23 anos de prisão em 2020, mas um tribunal de apelações anulou o veredito quatro anos depois e ordenou revisão

Por Amanda Péchy Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 15 abr 2025, 09h54

Harvey Weinstein, cofundador do estúdio Miramax e um dos produtores mais influentes de Hollywood, voltará a um tribunal de Nova York, nos Estados Unidos, nesta terça-feira, 15, para um novo julgamento por crimes sexuais. O magnata do cinema havia sido condenado por estupro e agressão sexual em 2020, mas teve a sentença anulada por um tribunal estadual de apelações, que exigiu revisão.

Weinstein, de 73 anos, será submetido a um júri, com uma acusação de estupro e duas acusações de ato sexual criminoso, num processo presidido pelo juiz da Suprema Corte americana Curtis Farber. O réu declarou-se inocente e negou ter agredido ou mantido relações sexuais não consensuais com mulheres.

O julgamento começa com a seleção do júri nesta terça, e deve durar cerca de seis semanas no total. Farber e os advogados de ambas as partes irão interrogar e selecionar 12 jurados entre moradores de Manhattan. Para uma condenação, o veredito precisa ser unânime.

#MeToo

Há cinco anos, sua condenação foi um momento crucial para o movimento #MeToo, que incentivou mulheres a denunciarem homens poderosos na mídia, na política e em outras esferas por má conduta sexual.

Mais de 100 mulheres, incluindo atrizes famosas, acusaram Weinstein por crimes de agressão, um ponto focal do movimento.

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Seu estúdio de cinema, o Miramax, entrou com pedido de falência em março de 2018, entrando em colapso após o produtor entrar nos holofotes como um predador.

Condenação

Weinstein foi considerado culpado de estupro e agressão sexual por um júri em 2020, e condenado a 23 anos de prisão. Um tribunal estadual de apelações, porém, anulou a condenação em abril de 2024 e ordenou um novo julgamento, concluindo que algumas das mulheres que o acusaram de crimes e testemunharam no processo não faziam parte do caso que foi construído contra ele não deveriam ter sido autorizadas a depor.

O gabinete do promotor distrital de Manhattan, Alvin Bragg, acusou Weinstein de agressão sexual contra sua ex-assistente de produção, chamada Miriam Haley, em 2006, além de estuprar Jessica Mann, aspirante a atriz, em 2013, crimes pelos quais ele foi condenado no primeiro julgamento. Desta vez, o produtor também enfrenta uma nova alegação, de supostamente agredir uma mulher não identificada em Manhattan, em 2006.

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Durante o primeiro julgamento, a acusação retratou o réu como um predador em série com um modus operandi claro: ele manipulava mulheres com promessas de ascensão profissional em Hollywood, as convidava para quartos de hotel ou apartamentos particulares e, em seguida, as dominava e atacava.

Mesmo que seja absolvido neste novo processo, é provável que Weinstein passe o resto da vida na prisão, uma vez que foi condenado a 16 anos de prisão em um caso separado na Califórnia, onde foi considerado culpado de estupro. Ele ainda não começou a cumprir a pena e permanece detido em Nova York desde que sua condenação foi anulada.

Em setembro, Weinstein foi levado às pressas para um hospital e passou por uma cirurgia cardíaca de emergência. O episódio foi um dos vários sustos de saúde que enfrentou enquanto esteve na prisão de Rikers Island, na cidade de Nova York. Seus representantes alegaram que os cuidados médicos oferecidos na instituição são inadequados.

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