Primeiros hondurenhos alcançam Tijuana, na fronteira México-EUA
Grupo de transexuais e homossexuais se adianta à caravana de emigrantes, que aperta o passo em território mexicano
Por Da Redação
Atualizado em 30 jul 2020, 20h03 - Publicado em 14 nov 2018, 21h58
(/)
Continua após publicidade
1/73 Migrante ergue bebê em acampamento montado na fronteira entre o México e os Estados Unidos, na cidade de Tijuana - 28/11/2018 (Hannah McKay/Reuters)
2/73 Glenia Luz Lopez, 29,Anos, é vista com seus filhos em acampamento montado na fronteira entre o México e os Estados Unidos - 24/11/2018 (Lucy Nicholson/Reuters)
3/73 Jessica Perez, 18 anos, segura bebê em acampamento montado na fronteira entre o México e os Estados Unidos, na cidade de Tijuana - 28/11/2018 (Lucy Nicholson/Reuters)
4/73 Família de migrantes se dispersam de confronto com policiais, na tentativa de atravessar a fronteira entre o México e os Estados Unidos, na cidade de Tijuana - 25/11/2018 (Kim Kyung-Hoon/Reuters)
5/73 Migrantes entram em confronto com policiais após tentarem atravessar a fronteira entre o México e os Estados Unidos, na cidade de Tijuana - 25/11/2018 (Hannah McKay/Reuters)
6/73 Migrantes entram em confronto com policiais após tentarem atravessar a fronteira entre o México e os Estados Unidos, na cidade de Tijuana - 25/11/2018 (Hannah McKay/Reuters)
7/73 Rosa Villa, de 30 anos, carrega seu filho de cinco meses de idade na fronteira entre o México e os Estados Unidos, na cidade de Tijuana - 25/11/2018 (Lucy Nicholson/Reuters)
8/73 Migrantes tentam atravessar a fronteira entre o México e os Estados Unidos - 25/11/2018 (Adrees Latif/Reuters)
9/73 Helicóptero americano sobrevoa a fronteira entre o México e os Estados Unidos, na cidade de Tijuana - 25/11/2018 (Jorge Duenes/Reuters)
10/73 Imigrante grávida, parte da caravana de El Salvador que tenta entrar nos Estados Unidos desmaia durante uma operação da polícia mexicana para detê-los por entrar ilegalmente no país, em Metapa - 21/11/2018 (Alkis Konstantinidis/Reuters)
11/73 Imigrantes da caravana da América Central que tenta chegar aos Estados Unidos, descansam no porto de El Chaparral fronteira entre México e Estados Unidos, em Tijuana - 23/11/2018 (Hannah McKay/Reuters)
12/73 Migrantes da América Central acampam próximos da fronteira entre o México e os Estados Unidos, na cidade de Tijuana - 22/11/2018 (Hannah McKay/Reuters)
13/73 Criança é vista atrás de escudo de policial mexicano, próxima da fronteira entre o México e os Estados Unidos, na cidade de Tijuana - 22/11/2018 (Kim Kyung-Hoon/Reuters)
14/73 Migrantes negociam com policiais para atravessarem fronteira entre o México e os Estados Unidos, na cidade de Tijuana - 22/11/2018 (Kim Kyung-Hoon/Reuters)
15/73 Menina hondurenha, parte da caravana de milhares de pessoas que viajam a caminho dos Estados Unidos, sorri enquanto carrega roupas doadas em um abrigo da cidade mexicana de Tijuana - 21/11/2018 (Kim Kyung-Hoon/Reuters)
16/73 Imigrante de El Salvador, parte da caravana que tenta chegar aos Estados Unidos é detido por entrar ilegalmente no país durante uma operação da polícia mexicana, em Metapa - 21/11/2018 (Alkis Konstantinidis/Reuters)
17/73 Imigrantes da caravana de milhares de pessoas da América Central que tentam chegar aos Estados Unidos, viajam sobre um caminhão enquanto se dirigem a Tijuana de Mexicali, no México - 20/11/2018 (Kim Kyung-Hoon/Reuters)
18/73 Imigrantes da América Central, principalmente hondurenhos, que se deslocam em uma caravana em direção aos Estados Unidos na esperança de uma vida melhor, seguem para Tijuana no estado de Baja California, México - 19/11/2018 (Pedro Pardo/AFP)
19/73 Migrante tenta atravessar a fronteira entre o México e os Estados Unidos, na cidade de Tijuana - 18/11/2018 (Hannah McKay/Reuters)
20/73 Imigrante, parte da caravana que viajam da América Central a caminho dos Estados Unidos, senta-se no andar de um ônibus a caminho de Mexicali, em Navojoa, México - 17/11/2018 (Kim Kyung-Hoon/Reuters)
21/73 Caravana de migrantes da América Central caminha rumo aos Estados Unidos, na cidade de Mexicali - 18/11/2018 (Pedro Pardo/AFP)
22/73 Migrantes salvadorenhos caminham rumo aos Estados Unidos, na quarta caravana da América Central que partiu em direção à fronteira americana - 18/11/2018 (Marvin Recinos/AFP)
23/73 Angel, um menino de 13 anos de idade, migrante de Honduras, é visto na fronteira entre os Estados Unidos e o México, na cidade de Tijuana - 15/11/2018 (Adrees Latif/Reuters)
24/73 Criança é vista na janela de ônibus, juntamente com caravana de migrantes da América Central, com destino a cidade de Guadalajara, no México - 13/11/2018 (Go Nakamura/Reuters)
25/73 Membros de patrulha americana são vistos na fronteira entre os Estados Unidos e o México, na cidade de Tijuana - 15/11/2018 (Adrees Latif/Reuters)
26/73 Parte da caravana de imigrantes da América Central chega na fronteira entre o México e os Estados Unidos, na cidade de Tijuana - 13/11/2018 (Jorge Duenes/Reuters)
27/73 Helicópteros americanos realizam patrulha após os primeiros imigrantes chegarem na fronteira entre o México e os Estados Unidos - 13/11/2018 (Jorge Duenes/AFP)
28/73 Cristian Israel, parte de uma caravana que viaja da América Central em rota para os Estados Unidos, espera para pegar carona depois de descansar em um acampamento improvisado em Matias Romero Avendano, México - 10/11/2018 (Ueslei Marcelino/Reuters)
29/73 Jonathan Rodriguez, um menino imigrante de sete anos de idade, parte de uma caravana que viaja da América Central a caminho dos Estados Unidos, espera pegar carona depois de descansar em um acampamento improvisado em Matias Romero, México - 09/11/2018 (Ueslei Marcelino/Reuters)
30/73 Caravana de imigrantes da América Central caminham nas ruas da cidade mexicana de Pijijiapan, rumo aos Estados Unidos - 04/11/2018 (Carlos Garcia Rawlins/Reuters)
31/73 Soldados americanos reforçam segurança da fronteira entre o México e Estados Unidos, no território de Donna, Texas - 04/11/2018 (John Moore/Getty Images/AFP)
32/73 Imigrantes da América Central pegam carona em caminhão rumo à cidade de Puebla, no México - 03/11/2018 (Guillermo Arias/AFP)
33/73 Imigrantes de El Salvador atravessam o Rio Suchiate, na fronteira de México e Guatemala, durante a caravana que tem como destino os Estados Unidos - 02/11/2018 (Carlos Alonzo/AFP)
34/73 Imigrantes hondurenhos pegam carona em caminhões na cidade de San Pedro Tapanatepec, sul do México, rumo aos Estados Unidos - 27/10/2018 (Guillermo Arias/AFP)
35/73 Novo grupo de imigrantes realizam caravana em San Salvador, cidade localizada em El Salvador, rumo aos Estados Unidos - 31/10/2018 (Marvin Recinos/AFP)
36/73 Imigrantes da América Central carregam seu celulares na cidade mexicana de Juchitán de Zaragoza, durante caravana rumo aos Estados Unidos - 30/10/2018 (Guillermo Arias/AFP)
37/73 Pai carrega filho durante passagem pelo rio Suchiate, localizado na cidade mexicana de Ciudad Hidalgo, durante caravana de imigrantes da América Central, rumo aos Estados Unidos - 29/10/2018 (Adrees Latif/Reuters)
38/73 Novo grupo de imigrantes hondurenhos atravessam o rio Suchiate, localizado em Ciudad Hidalgo, no México, rumo aos Estados Unidos - 29/10/2018 (Carlos Garcia Rawlins/Reuters)
39/73 Vista aérea mostra caravana de imigrantes hondurenhos na cidade de San Pedro Tapanatepec, sul do México, rumo aos Estados Unidos - 27/10/2018 (Guillermo Arias/AFP)
40/73 Novo grupo de imigrantes hondurenhos forçam portão na fronteira entre a Guatemala e o México - 28/10/2018 (Santiago Billy/AFP)
41/73 Novo grupo de imigrantes hondurenhos atravessam o rio Suchiate, na fronteira entre a Guatemala e o México - 29/10/2018 (Carlos Garcia Rawlins/Reuters)
42/73 Imigrantes são vistos entre os eixos de um caminhão na estrada para Mapastepec de Huixtla, México, enquanto seguem para os Estados Unidos - 24/10/2018 (Ueslei Marcelino/Reuters)
43/73 Imigrantes hondurenhos descansam na praça principal de Pijijiapan, estado de Chiapas, no México, durante a caravana de imigração para os EUA - 25/10/2018 (Guillermo Arias/AFP)
44/73 Imigrante hondurenha é puxada para conseguir subir em um caminhão que toma rumo aos Estados Unidos, em direção à fronteira mexicana, em Chiquimula, na Guatemala - 24/10/2018 (Luis Echeverria/Reuters)
45/73 Migrante de Honduras se prepara para pular no rio Suchiate na fronteira da Guatemala com o México - 20/10/2018 (Pedro Pardo/AFP)
46/73 Migrantes hondurenhos andam por floresta após atravessar o rio Lempa deixando Honduras com destino aos Estados Unidos - 17/10/2018 (Jorge Cabrera/Reuters)
47/73 Migrantes hondurenhos tentam chegar a fronteira da Guatemala com o México - 19/10/2018 (Edgard Garrido/Reuters)
48/73 Migrantes hondurenhos seguem em caravana com destino ao Estados Unidos pela cidade de Quezaltepeque, Guatemala - 16/10/2018 (John Moore/Getty Images)
49/73 Menina hondurenha e sua família seguem de carro com a caravana que tem como destino os Estados Unidos - 17/10/2018 (Orlando Sierra/AFP)
50/73 Imigrantes de marcham para os Estados Unidos improvisam um abrigo com plástico em uma praça na cidade mexicana de Tapachula - 22/10/2018 (Adrees Latif/Reuters)
51/73 Imigrante é visto na fronteira entre Guatemala e México enquanto aguarda para atravessar para o solo mexicano - 23/10/2018 (Ueslei Marcelino/Reuters)
52/73 Imigrantes hondurenhos aguardam para atravessar a fronteira entre Ciudad Tecun Uman, na Guatemala, e Ciudad Hidalgo, no México - 21/10/2018 (Orlando Sierra/AFP)
53/73 Migrantes hondurenhos atravessam a fronteira da Guatemala com o México, na altura da cidade de Tapachula - 22/10/2018 (Ueslei Marcelino/Reuters)
54/73 Imigrantes hondurenhos embarcam em caminhão rumo à Tapachula, no México - 22/10/2018 (Pedro Pardo/AFP)
55/73 Garota dorme próxima de pão que foi doado para imigrantes hondurenhos, nos arredores da cidade mexicana de Tapachula - 22/10/2018 (Adrees Latif/Reuters)
56/73 Imigrantes caminham por uma rodovia perto da fronteira com a Guatemala enquanto seguem seu caminho para tentar entrar nos Estados Unidos, em Tapachula, no México - 21/10/2018 (Ueslei Marcelino/Reuters)
57/73 Imigrante que aguarda para seguir viagem até os Estados Unidos é fotografado junto com um arco-iris em Ciudad Hidalgo, no México - 21/10/2018 (Edgard Garrido/Reuters)
58/73 Crianças hondurenhas brincam em uma fonte na cidade de Tapachula, no México, durante uma pausa da caravana que se dirige para os Estados Unidos - 21/10/2018 (Ueslei Marcelino/Reuters)
59/73 Imigrante hondurenho protege seu filho depois que outros imigrantes, parte de uma caravana que tentava chegar aos Estados Unidos, invadiram um posto fronteiriço em Ciudad Hidalgo, México - 20/10/2018 (Ueslei Marcelino/Reuters)
60/73 Imigrantes hondurenhos que tentam chegar nos Estados Unidos, se aglomeram em um posto de controle enquanto esperam pedir asilo no México em um posto de controle em Ciudad Hidalgo - 20/10/2018 (Edgard Garrido/Reuters)
61/73 Imigrantes hondurenhos que tentam chegar nos Estados Unidos, se aglomeram em um posto de controle enquanto esperam pedir asilo no México em um posto de controle em Ciudad Hidalgo - 20/10/2018 (Ueslei Marcelino/Reuters)
62/73 Imigrantes hondurenhos participam de uma caravana em direção aos Estados Unidos, na estrada que liga Ciudad Hidalgo e Tapachula, estado de Chiapas, México - 21/10/2018 (Pedro Pardo/AFP)
63/73 Imigrantes hondurenhos, parte de uma caravana que tenta chegar aos Estados Unidos, esperam a abertura do portão da ponte que liga o México e a Guatemala em Ciudad Hidalgo, México - 20/10/2018 (Ueslei Marcelino/Reuters)
64/73 Menino hondurenho, parte de uma caravana que tenta chegar aos Estados Unidos, é fotografado na ponte que liga México e Guatemala em Tecun Uman - 20/10/2018 (Ueslei Marcelino/Reuters)
65/73 Policiais tentam conter um enorme grupo de imigrantes hondurenhos que tentavam atravessar a fronteira da Guatemala para entrar no México, em Ciudad Hidalgo - 20/10/2018 (Ueslei Marcelino/Reuters)
66/73 Imigrante hondurenho segura uma criança ao descer de uma ponte que liga México e Guatemala para evitar o posto fronteiriço em Ciudad Hidalgo, no México - 20/10/2018 (Edgard Garrido/Reuters)
67/73 Imigrante hondurenho, parte de uma caravana que tenta chegar aos Estados Unidos, olha através do portão da ponte que liga México e Guatemala em Tecun Uman - 20/10/2018 (Ueslei Marcelino/Reuters)
68/73 Imigrantes hondurenhos que se dirigem em caravana para os Estados Unidos realizam manifestação exigindo que as autoridades permitam que o resto do grupo atravesse em Ciudad Hidalgo, estado de Chiapas, no México, após a travessia da Guatemala - 20/10/2018 (Pedro Pardo/AFP)
69/73 Jjovem, integrante de um grupo de migrantes hondurenhos que segue em caravana para os Estados Unidos, fica na "Igreja das Três Caidas", em Tecun Uman, na fronteira com o México - 18/10/2018 (Johan Ordonez/AFP)
70/73 Imigrantes hondurenhos, parte de uma caravana que tenta chegar aos Estados Unidos, caminham em uma ponte durante sua viagem na Cidade da Guatemala, Guatemala - 18/10/2018 (Edgard Garrido/Reuters)
71/73 Migrante hondurenho é visto com bandeira, próximo da fronteira entre a Guatemala e o México, no território de Ciudad Tecun Uman - 19/10/2018 (Johan Ordonez/AFP)
72/73 Imigrantes hondurenhos entram em confronto com policiais, forçando a entrada na fronteira de Honduras com a Guatemala, no território de Ocotepeque - 19/10/2018 (Jorge Cabrera/Reuters)
73/73 Imigrantes de Honduras em posto de controle entre Guatemala e México - 19/10/2018 (Edgard Garrido/Reuters)
Parte da caravana de emigrantes que deixou Honduras em direção aos Estados Unidos há um mês, quase 100 transexuais e homossexuais chegaram a Tijuana, na fronteira do México, no último domingo. Na terça-feira 13, outros 350 centro-americanos alcançaram a cidade, com a intenção de ingressar em território americano.
A marcha das caravanas acelerou vertiginosamente o seu passo nos últimos dias. Alguns centro-americanos tentaram passar para o outro lado. Emocionados, correram até a praia para tomar banho e colocavam a cabeça entre as grades metálicas da fronteira para vislumbrar o terreno sonhado.
Dois imigrantes chegaram a pular a alta cerca metálica que divide os dois países naquela região e escreveram na areia, do lado americano, a palavra “catracho”. Trata-se de uma palavra que significa “hondurenho”. Minutos depois, ele voltaram para o território mexicano.
O objetivo dos migrantes é convencer o governo americano a lhes dar o status de refugiados devido à extrema violência e pobreza em que vivem em seus países. Para consegui-lo, devem cruzar a fronteira pelos controles migratórios oficiais e, do lado americano, solicitar o refúgio, de acordo com um decreto assinado nesta semana pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
“Sinto emoção porque era um desejo poder estar aqui, depois de cruzar todo o México”, disse o pedreiro, soldador e barbeiro Lester Velázquez, de 39 anos, de Comayagua, Honduras.
Continua após a publicidade
Velázquez e outros emigrantes observaram o morro Nido de las Águilas (Ninho das Águias), cortado por um trecho da cerca metálica, que divide o México dos Estados Unidos. “Espero fazer o mesmo ou o que for possível do outro lado”, acrescentou, ao ser perguntado sobre seus planos no país vizinho.
A centenas de quilômetros dali, o grosso da caravana, que deixou em 13 de outubro a cidade hondurenha de San Pedro Sula, acelerava o passo pelo estado mexicano de Sinaloa. Pela primeira vez, desde que começaram seu périplo, os cerca de 6.000 emigrantes hondurenhos não passaram a noite de terça-feira em um acampamento.
Eles chegaram no entardecer de terça-feira à guarita da estrada de La Concha, em Sinaloa, onde existe um grande estacionamento para os trailers que passam. Esse espaço, com banheiros e luz elétrica, poderia servir de acampamento. Mas os emigrantes preferiram enfrentar o intenso frio noturno e os riscos dos grupos armados do narcotráfico para continuar sua rota ao norte.
A próxima escala da caravana será Navojoa, em Sonora, um vasto estado fronteiriço com os Estados Unidos.
Continua após a publicidade
“Queremos chegar o quanto antes, o mais rápido possível. Estamos há mais de um mês fora do nosso país”, disse Saúl Rivera, salvadorenho de 40 anos, um dos primeiros a chegar a La Concha e a subir em um dos muitos ônibus oferecidos por um sacerdote local.
Orquestrando a complicada logística da operação junto com a polícia local, o padre Miguel Ángel Soto afirmou que o trajeto até Navojoa, de mais de nove horas de estrada, é “o mais longo que empreendeu de ônibus” desde que a caravana foi formada.
Após terem percorrido 2.500 quilômetros desde Honduras, os emigrantes amanheceram nesta quarta-feira viajando nos ônibus de La Concha.
Com a iminente chegada da caravana, os Estados Unidos fecharam parcialmente, com barricadas e cercas de arame farpado, as guaritas fronteiriças de San Ysidro e Otay Mesa, que levam à Califórnia.
Continua após a publicidade
Em 9 de novembro, Donald Trump decretou o fim dos pedidos de refúgio para os que entram ilegalmente nos Estados Unidos, como tentativa de dissuadir os centro-americanos a prosseguirem rumo a seu país.
“Temos informações sobre isso, mas viemos na luta. Trump pode colocar o que quiser, mas para Deus não há obstáculos. Nem para nós”, desafiou Rivera, que em abril trabalhava como pedreiro e motorista em seu país.
Apesar de sua fé, o sacerdote Soto é menos otimista: “Eles vão determinados, mas não vão passar. Será feito um afunilamento em Tijuana, que não está preparada para receber tantas pessoas”.
Queremos trabalhar
Trump chegou a chamou os emigrantes de “criminosos” e acusou a caravana de promover uma “invasão” a seu país. Também declarou publicamente que, entre os emigrantes haveria membros de grupos extremistas islâmicos interessados em ingressar nos Estados Unidos para cometer atentados. Para contê-los, enviou até 9.000 militares à fronteira sul, para engrossar as forças locais de segurança.
Continua após a publicidade
Victor de Leon, um emigrante guatemalteco que já está em Tijuana, disse que “99% dos integrantes da caravana são pessoas de bem”. Pai de família, ele tentou atravessar a fronteira 10 vezes. Para ele, como “os gringos diretamente não gostam de trabalhar”, cabem aos latinos serem a mão de obra do país.
“Estamos esperando para fazer as coisas em paz, e que Donald Trump se dê conta da necessidade real que temos, que não estamos vindo para prejudicar, mas para encontrar uma oportunidade que nossos países nos negaram”, afirmou. “O que queremos é trabalhar. Roubar, não”, completou Rivera.
A caravana chegou a somar 7.000 integrantes, segundo as Nações Unidas. Mas muitos desistiram durante o caminho, até atingir os 6.011 que chegaram a Guadalajara, segundo dados das autoridades locais. Desse total, 902 são crianças.
Além dos hondurenhos, juntaram-se emigrantes de Chile, Colômbia, Costa Rica, El Salvador, Guatemala, México, Nicarágua, Panamá, Peru e Venezuela. Esta grande caravana é seguida por outras duas à distância, com cerca de 2.000 migrantes cada uma.
*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a R$ 5,99/mês.
PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis CLIQUE AQUI.