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Preso por crimes contra humanidade, ex-presidente das Filipinas vence eleição para prefeito

Rodrigo Duterte, que segue popular no país, disparava com uma vantagem de 405 mil votos com mais de 60% das urnas apuradas.

Por Paula Freitas Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 12 Maio 2025, 16h43

O ex-presidente das Filipinas, Rodrigo Duterte, foi eleito prefeito do reduto de sua família, Davao, nesta segunda-feira, 12, apesar de estar preso em Haia, na Holanda, por suposto crimes contra a humanidade cometidos no contexto da guerra às drogas. Duterte, que segue popular no país, disparava com uma vantagem de 405 mil votos com mais de 60% das urnas apuradas.

Ele foi detido em 11 de março no aeroporto internacional de Manila, capital das Filipinas, após chegar de Hong Kong, e foi levado para Haia após mandado de prisão do Tribunal Penal Internacional (TPI). A corte investigou assassinatos em massa cometidos pelo governo Duterte entre 2016 e 2022. O pedido do TPI destacava que “há razões para acreditar que os ataques às vítimas foram tanto generalizados quanto sistemáticos: ocorreram ao longo de vários anos e milhares de pessoas parecem ter sido mortas”.

Na ocasião, um porta-voz de Duterte definiu a prisão como “ilegal”, uma vez que as Filipinas se retiraram do TPI em 2019. O tribunal, no entanto, disse ter jurisdição para atuar em supostos crimes cometidos antes de o país deixar de ser membro. Duterte estava em Hong Kong para fazer campanha para o pleito desta segunda-feira. Ainda não se sabe se o político de 80 anos prestará juramento, direto da prisão, para assumir o cargo.

+ Rodrigo Duterte: ex-presidente das Filipinas é preso a pedido do Tribunal Penal Internacional

Filha em maus lençóis

Com Duarte impossibilitado de cumprir as funções do posto, a responsabilidade cairá sobre o vice-prefeito — cargo que seu filho, Sebastian, está prestes a arrematar na disputa eleitoral.  Sua filha, a vice-presidente Sara Duterte, disse que a possibilidade estava sendo discutida com os “seus advogados no TPI [Tribunal Penal Internacional] e seus advogados filipinos”.

A vice-presidente sofreu impeachment em fevereiro por acusações de uso indevido de fundos e por um discurso em que supostamente ameaçou as vidas do presidente, da primeira-dama e do presidente da Câmara das Filipinas.

Ela deve ser julgada pelo Senado, composto por 24 cadeiras, das quais metade foi eleita nesta segunda-feira. Dois dos principais assessores de Duterte, Christopher “Bong” Go e Ronald “Bato” dela Rosa, conseguiram conquistar assentos. É necessário que dois terços do Senado, 16 membros, a considerem culpada para que seja condenada. Caso esse seja o cenário, ela será impedida de concorrer à presidência em 2028.

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